sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Americanos vão ter que emagrecer

Ao final da apresentação de um novo carro conceito da Toyota no salão do automóvel de Detroit, esta semana, uma jornalista americana perguntou quantas pessoas cabem no veículo. "Cinco", respondeu o engenheiro chefe da área de desenvolvimento, Soichiro Okudaira. "Puxa, então teremos que emagrecer", brincou a repórter. A redução do tamanho dos automóveis na América do Norte não é a única estranheza que ronda a 103ª edição do salão de Detroit, que será aberto ao público amanhã. A sucessão de episódios na indústria automobilística dos Estados Unidos, ao longo de 2009, trouxe para Michigan uma exposição de carros americanos totalmente incomum. Os dias de apresentação da exposição para a imprensa mostraram que os americanos parecem não se sentir muito à vontade com o que que agora têm de mostrar ao público. A começar pelo tamanho dos carros, todos concordam que não há outra saída a não ser diminuir não apenas o espaço físico do veículo, como a Toyota faz com o FT-CH (Futuro Toyota - Compacto Híbrido), mas também a potência dos motores. Bob Lutz, o vice-presidente do conselho da General Motors, que representa a velha geração da companhia, reconhece que os motores de oito cilindros começaram a desaparecer, dando lugar aos de seis. Lutz conforma-se. O atual cenário, aliás, o remete a 1948, quando ele dirigiu o seu primeiro automóvel, um Fusca, o Beetle para os americanos. "Alcançar a velocidade máxima de 96 quilômetros por hora era muito divertido", lembra. (Transcrito do jornal Valor Econômico)

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