Em cartaz Inimigos Públicos (Public Enemies, 2009, Universal Pictures), duração de 143 minutos, adaptação do romance de Bryan Burrough, dirigido por Michael Mann, estrelado por Johnny Depp (de "Piratas do Caribe", "Edward Mãos de Tesoura", como John Dillinger) e por Christian Bale ("Batman", como Melvin Purvis, agente do FBI).
John Herbert Dillinger (Indianápolis, 22.jun.1903 - Chicago, 22.jul.1934) foi um ladrão de bancos norteamericano, considerado por alguns como um criminoso perigoso e por outros idolatrado como um Robin Hood do século XX. Isto porque muitos norteamericanos culpavam os bancos pela depressão dos anos 30 e Dillinger só roubava bancos. Dillinger ganhou o apelido de "Jack Rabbit" por suas fugas da polícia e rapidez dos assaltos. Além disso era uma figura atlética, tendo sido considerado um bom jogador de beisebol quando esteve na prisão. Suas ações, assim como outros criminosos dos anos 30, como Bonnie e Clyde e Ma Barker, dominaram a atenção da imprensa, que começou a chamá-los de "inimigos públicos" (public enemy), entre 1931 e 1935, época em que o FBI se desenvolveria e tornar-se-ia mais sofisticado.
Dillinger era filho de John Wilson Dillinger (1864-1943) com a primeira esposa Mary Ellen "Mollie" Lancaster (1860-1907). Ele se alistou na Marinha, desertou poucos meses depois e voltou para Indiana, onde se casou, em 12.abr.1924, com Beryl Ethel Hovious. Tendo dificuldades para arrumar emprego fixo e manter seu casamento, praticou pequenos crimes e foi preso em 1924 na Cadeia Estadual de Indiana. Atrás das grades conheceu ladrões de bancos perigosos como Harry Pierpont e Russell "Boobie" Clark. Dillinger trabalhou na lavanderia da prisão e por isto pôde ajudar numa fuga de Pierpont, Clark e outros. Dillinger ficou preso na Cadeia de Indiana até 1933, quando foi solto por liberdade condicional. Ao sair, encontrou os criminosos que ajudara e entrou para a quadrilha.
Graças a notoriedade ganha pelo criminoso, o grupo ficou conhecido como "a primeira gangue de Dillinger" que, além de Pierpont e Clark, ainda contava com Charles Makley, Edward W. Shouse Jr., Harry Copeland, "Oklahoma Jack" Clark, Walter Dietrich e John "Red" Hamilton. Homer Van Meter e Lester Gillis (Baby Face Nelson) formariam a "segunda gangue de Dillinger", após a fuga dele de Crown Point (Indiana). Segundo a imprensa, Dillinger usava diferentes golpes em seus roubos a banco: se disfarçou de vendedor de alarmes de segurança em Indiana e Ohio. De outra vez sua gangue se passou por uma companhia cinematográfica que queria encenar um roubo a banco. Se dizia que a gangue de Dillinger roubara cerca de US$ 300.000 dolares (correspondente a 5 milhões de dólares atuais) de dezenas de bancos. Poucos meses depois da saída da Cadeia de Indiana, ele voltou à prisão, em Lima (Ohio), mas sua gangue o libertou, assassinando o xerife Jessie Sarber.
A maior parte da quadrilha foi capturada no fim do ano em Tucson (Arizona) durante um incêndio no Historic Hotel Congress. Dillinger foi preso e enviado para a cadeia de Crown Point. Ele foi a julgamento por suspeita do homicídio do guarda William O'Malley durante um tiroteio em um banco em East Chicago (Indiana). Durante o julgamento, foi tirada uma famosa fotografia de Dillinger apontando a arma no promotor Robert Estill. Em 3.mar.1934, Dillinger fugiu de Crown Point, aparentemente usando uma arma moldada por meio de uma barra de sabão, um fato explorado no folclore sobre gângsters. Essa fuga trouxe constrangimentos ao xerife Lillian Holley, que ameaçou Dillinger de morte.
Dillinger cruzou a fronteira de Indiana-Illinois num carro roubado, cometendo um crime federal que o colocou sob a mira do FBI. Em abril, a quadrilha apareceu em Manitowish Waters, Wisconsin, procurando um esconderijo. Eles foram denunciados à promotoria de Chicago, que contatou o FBI. Logo uma equipe de agentes liderados por Hugh Clegg e Melvin Purvis cercaram o esconderijo, mas os bandidos foram avisados. No tiroteio que se seguiu a quadrilha fugiu em debandada. O agente W. Carter Baum foi atingido e morto por "Baby Face" Nelson. No verão de 1934, Dillinger sumiu de circulação. Ele foi para Chicago e usou o nome de Jimmy Lawrence. Ele arranjou a namorada Polly Hamilton, que não sabia da sua identidade. Mas o FBI encontrou seu carro, logo deduzindo que ele estava na cidade. Dillinger havia ido ao cinema assistir o filme de gângsters Manhattan Melodrama (com Clark Gable e Mirna Loy) no Biograph Theater em Lincoln Park, Chicago.
Dillinger estava com sua namorada Polly e com Ana Cumpanas (conhecida por Anna Sage). Sage estava com problemas de imigração e fez um acordo com Purvis e o FBI para emboscar Dillinger. Ela não disse ao certo o cinema que iriam, então a equipe de agentes se dividiu em dois locais. Na saída do cinema escolhido, os agentes atiraram em Dillinger, matando-o. Dillinger foi baleado três vezes, sendo atingido no coração. Sage usou um vestido laranja, para que os agentes a identificassem. A luz artificial distorceu a cor, fazendo com que surgisse o mito da "dama de vermelho", um personagem traiçoeiro. Mesmo tendo colaborado com o FBI, Sage foi deportada para Romênia em 1936, onde morreria onze anos depois. Dillinger foi enterrado no Cemitério de Crown Hill em Indianápolis (fonte: Wikipedia)
Leia o roteiro do filme em http://pt.wikipedia.org/wiki/Public_Enemies
Nenhum comentário:
Postar um comentário