sábado, 31 de maio de 2008

Bafafá em Kerikeri

Na localidade de Kerikeri, ponto turístico de Bay of Islands, ao norte da Nova Zelândia, uma turista israelense, cansada de ser cantada por operários que asfaltavam uma rua enquanto ela caminhava na calçada, tirou a roupa na frente dos trabalhadores como uma forma de desafio, informou a imprensa local. A mulher, que procurava um caixa automático para sacar dinheiro, começou a tirar as roupas tranqüilamente em frente aos operários para, em seguida, se vestir e deixar o local. O sargento da polícia Peter Masters disse que ela era uma mulher bonita e afirmou que a turista confessou que, cansada dos assobios, decidiu "mostrar o que tinha". Masters afirmou que a mulher tinha sido cantada antes por homens neozelandeses e destacou que os agentes da polícia explicaram que sua atitude era inadequada na Nova Zelândia. No detalhe, a pintura "Um dia em Kerikeri", de Judi Soutar.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Doradinho pra variar

Improve your English


Mayday!! Mayday!! We are sinking! We are sinking!
German coastguard trainnee responds to mayday:
What are you thinking about?

A gente não quer só comida...

A gente quer comida, diversão e arte! (by Gisele Badenes). A foto é da "Conexão 3", banda formada por garotos que como eu amam os Beatles, os Rolling Stones... e mais U2, Lobão, Capital Inicial, Legião Urbana, Barão Vermelho, entre outros nomes do pop rock anos 70/80. Uma prova de que por estas bandas (perdoe o trocadilho inevitável) curte-se boa música. O mais recente show da Conexão foi no Vittorio, no Cittá América. Este shopping assusta e intriga pela quantidade de lojas fechadas, apesar da boa localização e de sua beleza - corredores arejados, lagos, fontes e muito verde. Poucos empreendimentos atraem gente ali: o pioneiro Hard Rock Café que resiste bravamente aos tempos, a mega academia Body Tech (sucessora da Estação do Corpo), o restaurante Delírio Tropical (que só abre para almoço), uma pequena pista com aulas de skate para crianças e o recém inaugurado posto do DETRAN. De resto, uma sucessão de portas fechadas e lojas que, pela quantidade de clientes, causam a impressão de que não vão durar muito tempo. Como não durou o Top Fashion Bazar, que foi parar este ano no estacionamento do supermercado Extra, e o Parque da Monica, sucesso absoluto em São Paulo (e aos sociólogos de plantão, fica a pergunta: por que nenhum parque temático emplaca no Rio? Desde a fracassada Terra Assombrada, digo, Terra Encantada aos parques aquáticos que também foram por água abaixo... estou terrível nos trocadilhos hoje, não?) Pois o Vittorio montou uma estratégia inteligente para garantir público: a casa abre espaço para novos talentos da música. Sabe como é, jovens tem amigos animados e familiares envaidecidos sempre presentes em seus eventos. E todos saem satisfeitos, pois além de diversão e arte, o Vittorio garante uma pizza saborosa e o shopping é lugar seguro e protegido da chuva e do vento, ao contrário do vizinho Downtown. Quanto à banda, minha opinião é mais que suspeita já que um dos guitarristas é meu filho Fernando e os demais integrantes amigos que moram no meu coração, mas fica o desafio: confira, aposto que vai querer voltar, ao menos, “Mais uma vez”, e de trocadilho em trocadilho, termino o texto com um recado pra banda, repetindo os versos da Legião Urbana “Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem. Ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém”. Que o futuro de vocês seja brilhante. (Gisele Badenes é jornalista e roteirista de TV, escreve o blog 'Sorria vc não está em Miami' e é mãe-coruja do Fernando, guitarrista da 'Conexão 3').

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O que o mundo come em uma semana

Nestes dias em que muito se discute a escassez de comida no mundo e a escalada dos preços dos alimentos, vale lembrar o ensaio “Hungry Planet: What the world eat” do fotógrafo sueco Peter Menzel, feito em 2007, em conjunto com a escritora Faith D'Aluisio, que fez as entrevistas. O ensaio retrata costumes, curiosidades e a cultura da comida de vários países. Baseado em dados estatísticos, por padrão de família de cada país, é mostrada a comida consumida em uma semana e a despesa correspondente. No site de Menzel pode-se conferir este ensaio e outros, inclusive o bastante conhecido Material World, que mostra famílias e suas moradias (as pessoas estão na frente da residência com todos os móveis colocados na rua, lembram disso?).
1 - Alemanha: Família Melander, de Bargtheide. Despesa com alimentação em 1 semana: 375.39 euros, ou $500.07 dólares. 2 - Estados Unidos da América: Família Revis, da Carolina do Norte. Despesa com alimentação em 1 semana: $341.98 dolares.
3 - Italia: Família Manzo, da Sicília. Despesa com alimentação em 1 semana: 214.36 euros, ou $260.11 dolares. 4 - México: Família Casales, de Cuernavaca. Despesa com alimentação em 1 semana: 1,862.78 Pesos, ou $189.09 dólares.
5 - Polónia: Família Sobczynscy, de Konstancin-Jeziorna. Despesa com alimentação em 1 semana: 582.48 Zlotys, ou $151.27 dólares.
6 - Egito: Família Ahmed, do Cairo. Despesa com alimentação em 1 semana: 387.85 egyptian pounds, ou $68.53 dólares.

7 - Equador: Família Ayme, de Tingo. Despesa com alimentação em 1 semana: $31.55 dólares.
8 - Butão: Família Namgay, da vila de Shingkhey. Despesa com alimentação em 1 semana: 224.93 ngultrum, ou $5.03 dólares.9 - Chade: Família Aboubakar, do campo de refugiados de Breidjing. Despesa com alimentação por semana: 685 francos, ou $1.23 dólares (http://www.menzelphoto.com/).

Veja a história completa em The Walrus

Dio come ti amo


Veja, em início de carreira como atriz, a cantora italiana Gigliola Cinquetti, nascida em 1947, no filme 'Dio, Come ti Amo'. O clipe mostra a cena final, quando Gigliola canta, ao microfone do aeroporto, para seu namorado (interpretado pelo ator Marc Damon), que está dentro do avião, indo embora. No filme, Gigliola ainda canta 'Non no l'età', de Panzeri e Salerno, com a qual - com 16 anos - venceu o 'Festival de San Remo, 1964. Com 'Dio, Come ti Amo' (de Domenico Modugno), que deu nome ao filme, Gigliola tornaria a vencer esse Festival, em 1966. Quando o filme estreou no Brasil, tornou-se logo grande sucesso de bilheteria. Ficou em cartaz, por dois anos e pouco, no cinema Azteca, na rua do Catete, perto do Largo do Machado. A romântica música italiana fazia o maior sucesso nos anos Sessenta. Quem ia assistir ao filme ganhava um pacotinho promocional do sabão em pó 'Rinso'! (colaboração da Zezé).

Cine Azteca

Mencionado no post acima, relembre-se que o estiloso cine Azteca foi construído, em 1951, por mexicanos donos da distribuidora Pelmex. Os exóticos elementos decorativos (puro kitsch) eram importados e imitavam um templo pré-colombiano asteca. Tinha cerca de 1.800 lugares. O Azteca ficava à Rua do Catete, 228, entre as ruas Correia Dutra e Arthur Bernardes, em frente à Rua Buarque de Macedo, perto do Largo do Machado. O Azteca sumiu do mapa em 1974 (a foto é do início da sua demolição) para dar lugar ao Centro Comercial do Catete, que no início, tinha, no fundo, o Studio Catete, cinema que também não existe mais (fonte: internet).

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Los hermanos

Lula e Chavez estão num jantar no Palácio da Alvorada. Um dos convidados aproxima-se e pergunta-lhes: - De que é que estão conversando de forma tão animada? - Estamos fazendo planos para invadir a Argentina, diz Chavez. - Uau!... exclama o convidado. E quais são esses planos? - Vamos matar 14 milhões de argentinos e um dentista, responde Chavez. O convidado parece confuso e pergunta: -Um... dentista? Por que é que vão matar um dentista? Chavez dá uma palmada nas costas de Lula e exclama: - Não te falei? Ninguém vai perguntar pelos argentinos! (colaboração da Maria Alice J.)

A banda na Cinelândia

Era coisa de americano mesmo... A desconhecida banda marcial do post de ontem é - nada mais nada menos -, que a mais famosa banda universitária norte-americana. Mas que o marqueteiro da banda comeu mosca, comeu... Ou, então, eu estou lendo os jornais errados. Pois a USC Trojan Marching Band já tocou em filmes, se apresentou para o Papa e acompanhou astros da música mundial. Pela primeira vez, em mais de cento e vinte anos de história, veio para a América do Sul. Sua primeira apresentação foi no sábado passado, antes do jogo Flamengo x Internacional (2x1) no Maracanã (onde tocou o hino do Mengão – e eu perdi essa!!). No domingo, a banda se apresentou em Ipanema (na altura da Farme, desfilou até o Arpoador) e, ontem, na Cinelândia, quando casualmente esbarramos com ela, encerrou as suas apresentações no Brasil e hoje está voltando para casa. A banda viaja com 110 integrantes e o repertório da turnê incluiu samba e hinos das torcidas locais (mas se, no Maraca, tocou algum além do hino do Flamengo, evidentemente foi - muito justamente - vaiada). Em 1994, a USC Trojan Marching Band participou da abertura da Copa do Mundo e já acompanhou, entre outros, Elton John, Diana Ross, Michael Jackson, Fleetwood Mac e os Três Tenores. A banda se apresenta seis vezes por ano no Los Angeles Memorial Coliseum, para uma platéia de 92 mil espectadores.

Botou a bunda do pula-cerca na vitrine

Um homem tem que encarar, todo dia, duzentas fotos de sua bunda nua em paredes, postes e paradas de ônibus de Seaford, Inglaterra, com acusações de traição. Pasha Cummings, 40, acredita que os posters são obra de sua ex-mulher Carol, 44, que, segundo ele, coincidentemente apareceram um dia depois que ela se mudou para Chipre. No poster (clique na foto para ampliá-la), vem a inscrição: "Pasha Cummings: mentiroso, traidor e cafetão! Sandra Beckworth não é melhor." Cummings ficou casado com Carol por seis anos e terminou com ela em setembro passado. Ele disse que não a traiu com Sandra Beckworth, 44, como sua ex acredita. "Carol ficou braba quando eu a deixei e essa é sua vingança. Esse é o ato final de uma mulher desprezada", disse Cummings. A informação é do jornal inglês Metro. Se a moda pega por aqui vamos ficar cansados de ver bundas de maridos nas paredes... Talvez até alguma ofendida mais abonada possa bancar a adesivagem de ônibus urbanos, já pensaram que poluição?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ave Caesar!

Fomos almoçar e no caminho nos deparamos com a cena musical acima. Qualidade DEZ, marketing ZERO... De onde seriam? Quem seriam? Qual o objetivo de tocar ali nas escadarias da Câmara de Vereadores? Algum novo trem da alegria? Vinte e sete de maio é efeméride de alguma coisa? Seria o embrião de um movimento "Amazônia é do Povo Brasileiro"? Sei lá... Agora até o Barack Obama deu pra palpitar sobre o "pulmão do mundo"... Mas pela roupa eu diria que a inspiração da banda vem de longe, do tempo em que jogavam os cristãos aos leões... Seria a banda da Tradição, Família e Propriedade? Hummm... Acho que não, até porque trouxeram umas mocinhas de blusa justinha, viram? E a TFP prega a abstinência e a virgindade, por isso estão acabando... Estão? Mas as da banda tem US na blusa, deve ser coisa de americano... Ahhh! Quem sabe era uma promoção de algum centro de lazer da Senador Dantas? Será que tem algum temático? Lembro que por ali já fomos abordados por massagistas (as próprias) distribuindo santinhos... Massagem a dez "real"... E ninguém da nossa turma foi conferir!! Pelo menos que eu saiba... Ave Caesar! Morituri te saludam! Amanhã leremos nos jornais...

Pegue a espiã na locadora

Paul Verhoeven sequestra o gênero da espionagem para fazer um filme autoral sobre identidade (crítica de Marcelo Hessel). Quando Alex Murphy vira um policial de lata em "RoboCop", ele deixa de ser Alex Murphy? Quando Sebastian Caine adquire invisibilidade em "O Homem sem Sombra", ele se torna outra pessoa? Quando Douglas Quaid descobre em "O Vingador do Futuro" que estava sendo enganado por si mesmo, ele deixa de ser Douglas Quaid? Questões de identidade são uma constante nos filmes do cineasta holandês Paul Verhoeven. Normal que essa discussão se imponha também em "A Espiã" (Zwartboek), o seu primeiro trabalho produzido e falado em holandês desde "O Quarto Homem", de 1983. Quando a judia holandesa Rachel (Carice van Houten), protagonista de "A Espiã", adota o nome de Ellis e se infiltra entre os alemães para ajudar a resistência holandesa na Segunda Guerra Mundial, ela deixa de ser Rachel? A crise de consciência é o cerne do processo de transformação da morena Rachel na loira Ellis - transformação essa que Verhoeven registra com sua usual obsessão pelo mundano e pelo choque, na cena em que Carice pinta até os pêlos da vagina para enganar os nazistas. Nesse processo, o embate mais profundo acontece entre a sedução da assimilação (os alemães têm o dinheiro, as armas, o poder, o champagne e o chocolate que faltam aos holandeses) e o esforço de preservar a própria memória (Rachel viu sua família toda ser morta pelos nazistas antes de assumir o nome Ellis). Memória, tanto pessoal quanto coletiva, é sinônimo de identidade para Verhoeven, nessa declaração de princípios que faz de "A Espiã" um longa bastante ético sobre questões fundamentais do Holocausto, como o colaboracionismo. RoboCop voltou a ser Alex Murphy quando teve sua memória reativada por resquícios materiais de sua velha casa. Douglas Quaid acertou-se com o passado também pela via da memória, que lhe havia sido apagada. Rachel/Ellis fará de sua memória - mais especificamente, o pingente com as fotos de sua família, em brilhante cena do filme - instrumento de reafirmação. Pelo caminho ficam as intrigas, as conspirações, os tiroteios, os amores impossíveis, os inimigos que se faziam de aliados, os aliados que se faziam de inimigos... "A Espiã" trata de temas abstratos sem abrir mão de uma narrativa e de uma estrutura típica dos filmes de espionagem e de guerra. A revista francesa Les Cahiers du Cinéma deu um nome nos anos 60 para esses autores que infiltram idéias complexas em filmes digeríveis: cineastas-sequestradores. Verhoeven sequestra o filme de espião - da mesma forma como sequestrou, em sua longa temporada hollywoodiana, a ficção científica e a aventura espacial - para transmitir idéias de uma forma que o espectador médio, mesmo inconscientemente, compreenda. Dos cineastas em atividade hoje no mundo, Verhoeven talvez seja o mais célebre sequestrador de gêneros, e com justiça. Em nome de uma discussão que não tem nada de simplista, "A Espiã" se apropria de esquematismos (a forma como o roteiro emenda reviravoltas chega a ser abusada) sem o menor pudor. Ao fim de uma primeira impressão, seria fácil dizer que o filme é apenas mais um sobre a Segunda Guerra Mundial, mas nada estaria mais longe da verdade. A Espiã (Swartboek/Black Book). Co-produção (2006): Holanda, Alemanha, Bélgica. Gênero: Guerra, Suspense. Duração: 145 min. Direção: Paul Verhoeven. Roteiro: Gerard Soeteman, Paul Verhoeven. Elenco: Carice van Houten, Sebastian Koch, Thom Hoffman, Halina Reijn, Waldemar Kobus, Derek de Lint, Christian Berkel, Dolf de Vries, Peter Blok, Michiel Huisman, Ronald Armbrust, Frank Lammers, Matthias Schoenaerts, Johnny de Mol, Xander Straat.

Gata tira ferrovia do vermelho

Em tempos difíceis, os japoneses costumam dizer que vão pedir ajuda aos gatos. Uma companhia ferroviária, a Wakayama Electric Railway, levou o ditado ao pé da letra. Depois de acumular prejuízos, mandou todo mundo embora, automatizou a linha e, em janeiro de 2007, promoveu oficialmente um gato - ou, melhor, uma gata - a "chefe de estação". Filha de um gato de rua, Tama nasceu e cresceu nos arredores da estação Kishi, uma das dez estações da linha Kishigawa. Ela foi adotada por Toshiko Koyama, dona de uma mercearia vizinha. Quando assumiu o posto, com uniforme e tudo, tinha sete anos de idade. Sua nomeação teve efeito imediato. O número de passageiros cresceu 17%. Hoje a linha tem mais de dois milhões de novos usuários. Tama é a única no cargo de chefe de estação desde que tivemos que reduzir os custos com pessoal", declarou Keiko Yamaki, porta-voz da Wakayama Electric. "Ela está nos trazendo sorte." Feliz com o desempenho da bichana, a companhia decidiu promovê-la em janeiro deste ano a "superchefe de estaçâo", transformando-a na "única fêmea em posição gerencial" na empresa. "Agora ela tem o quinto cargo mais importante da companhia", diz Yamaki. Como prêmio, Tama ganhou um novo escritório - uma antiga bilheteria reformada - inaugurado em abril com a presença do prefeito e do presidente da Wakayama. Tama é pontual e educada. Ela se recusa a fazer as necessidades quando alguém está olhando. Por isso, agora ela tem um banheiro privativo. E quando é hora de pegar no batente, às nove da manhã, a comerciante Toshiko diz: "Senhora chefe, é hora de trabalhar". Tama se levanta e vai para a estação. Ela está escalada para participar de um documentário francês sobre gatos fantásticos ao redor do mundo. Apesar de sua importância e profissionalismo, Tama recebe apenas comida como pagamento (colaboração da Juliana S., transcrito de g1.globo.com).

1938 Phanton Corsair


Este é o único exemplar existente do Phantom Corsair, sendo difícil acreditar que ele tenha sido concebido e produzido em 1938. Sobre plataforma do Cord 810, Rust Heinz e Maurice Schwartz desenharam um automóvel avançadíssimo para a época, que antecipou design e tecnologia: tração dianteira, rodas carenadas, suspensão independente, pára-choques deformáveis, câmbio automático, abertura das portas comandada por um botão no painel de instrumentos e coisas do gênero. Show de bola.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Manuel Bandeira

Antes que lhe tirem os óculos, como fizeram com a escultura do Drummond em Copacabana, tratei logo de fazer uma foto da estátua do poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), instalada na Praça Manuel Bandeira, formada pela interseção da Rua Santa Luzia com Av. Presidente Wilson, no centro do Rio, no ponto mais ventoso da cidade. Tem que haver uma explicação científica para todo aquele vento! Não por acaso, as janelas do prédio de 28 andares da Academia Brasileira de Letras que dão para o lado do mar são lacradas. Recentemente, a Veja Rio publicou matéria sobre o livro "Crônicas Inéditas", uma refinada edição da Cosac Naify que reune 113 crônicas de Bandeira, até agora inéditas em livro, e inclui uma antologia com a gravação em CD de poemas lidos pelo próprio autor modernista. Os textos – produzidos entre 1920 e 1932 – de acordo com Ubiratan Brasil, de O Estado de S. Paulo, compõem um agitado painel do ainda tímido mercado cultural no país, no tom culto e bem-humorado que faria do poeta um dos mestres da crônica no Brasil. Ao lado de artigos críticos sobre pintura, música erudita, arquitetura, teatro, ele se dedica também aos episódios mais curiosos de seu tempo – como a febre do primeiro concurso de miss e os anglicismos do football a dominar a língua (“shootar a goal”, registra) – e aos personagens pitorescos que fizeram do Rio a sua cidade do coração. “Todas as noites quando eu ganhava as ruas depois do jantar via passar um casal agarradinho: o mestre com Carolina”, refere- se em texto a Machado de Assis. Nesta coletânea de Bandeira pode se ler suas crônicas até sobre mosquito: "a companhia que explora o serviço telefônico no Rio, não sei se de moto-próprio ou por sugestão do Rotary Club ou da Grande Comissão de Fuss Anti-Amarílico, resolveu complicar a situação dos seus assinantes fazendo as telefonistas dizerem ‘Guerra ao mosquito!’ antes do clássico ‘Número, faz favor?’. De sorte que agora travam-se os seguintes diálogos: - Guerra ao mosquito! Número, faz favor? - Guerra ao mosquito, Central sim, dois, um, nove. - Guerra ao mosquito - Já matei dois! - Número, faz favor? O pior é quando no meio da conversa comum cortam a ligação, e o assinante pára de falar, grita alô, bate no gancho, espera, desespera e no fim de cinco minutos e de três estouros, a vozinha inalterável, polida, angélica da telefonista enfim acode: - Guerra ao mosquito, número faz favor? E o assinante: - Guerra a coisa nenhuma! Guerra a você, à Light e aos imbecis que pensam acabar com a febre amarela amolando a paciência dos outros!" Ou então, uma crônica o primeiro filme falado em um cinema carioca: "o Palácio Teatro, a maior sala de teatro do Rio, esgotou diariamente as lotações com a exibição do primeiro film falado que se levou no Rio. [...] Antes da apresentação da fita ouviu-se um pequeno concerto de canto e um discurso do cônsul Sebastião Sampaio, ambos filmados e gravados pelo movietone. Por esse aparelho maravilhoso a sincronização da voz e da imagem é perfeita. Tem-se a ilusão absoluta de que o som sai da boca. Já ouvi falar o senhor Sebastião Sampaio em carne e osso. O que ouvi no cinema é bem ele e até mais ele. Não há dúvida que no futuro, professores e conferencistas falarão sobretudo para o movietone. Poderemos ouvir de qualquer cidadezinha do interior um curso de Einstein, uma ópera em Milão, uma tourada em Madri, uma luta de box em Nova York". Crônicas Inéditas I, Manuel Bandeira, Cosac Naify, 440 págs., R$ 65 (fonte: Veja Rio e internet).

1935 MercedesBenz 540K SR

http://www.supercars.net/Gallery?cmd=viewTagGallery&tag=Concours%20d'Elegance

domingo, 25 de maio de 2008

Memorial Getúlio Vargas

Muita gente não conhece o Memorial Getúlio Vargas, instalado em ambiente subterrâneo sob um espelho d´água na praça Luiz de Camões, a mesma do monumento a São Sebastião, ao lado do Hotel Glória. Numa iniciativa da Prefeitura, o Memorial foi inaugurado na data do cinqüentenário da morte de Getúlio, um dos mais influentes brasileiros que, na madrugada de 24 de agosto de 1954, então Presidente da República, - "saiu da vida para entrar na História -, ao suicidar-se com um tiro no peito em seu quarto do Palácio do Catete (atual Museu da República), com isto adiando por dez anos o iminente golpe militar. O Memorial foi projetado em um ambiente circular, na penumbra (para induzir à reflexão), com painéis contando a trajetória do político de forma cronológica (nos moldes "linha do tempo"). Para que que sejam acessados arquivos históricos de áudio e vídeo da época, dispõe de recursos multimídia - ou pelo menos dispunha -, pois os cerca de oito computadores estavam desligados neste domingo. No entanto, alguns dos arquivos podem ser vistos ou "baixados" do site do MGV. Entrada franca. Cine Glória - Em 2008, também no subsolo, mas com entrada separada, tiveram início as atividades comerciais do cine Glória, com programação independente voltada para o cinema brasileiro atual, não necessariamente ligada ao tema do Memorial. Veja a programação nos jornais (preços: R$ 10,00/R$ 5,00). Clique nas fotos abaixo, para ampliá-las e depois dê uma espiada no site do MGV.




http://www.rio.rj.gov.br/memorialgetuliovargas/

Programaço pra paulistas

Num domingo pela manhã, pegue em Congonhas um vôo da ponte-aérea com tarifa promocional, desça no Santos Dumont, diga "não quero" para o taxista de plantão, atravesse a rua em frente ao terminal, entre no quiosque Maloca do Sol, sente-se à beira da baía da Guanabara, de frente para o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, peça uma geladinha e, pra acompanhar, um churrasquinho misto ou uma linguiça na brasa. Durante o dia rola forró eletrônico e à noite tem samba ao vivo (sextas e sábados). Mas, como em tudo existe risco, também rola pagode de vez em quando... Depois, caminhe 200 metros, acomode-se sobre as pedras do enrocamento da cabeceira sul da pista do aeroporto e fique vendo o sobe-desce dos aviões...
Se você trouxe uma vara de pesca, jogue a linha e pegue uns peixinhos... ou então, volte para os quiosques da área, mande ver uma comidinha, beba mais umas louras geladas, relaxe e, no fim da tarde, pegue o vôo de volta pra casa...

Emplacado no Panamá

Pra incrementar o programa do post acima, se você estiver disposto a gastar uma graninha, é só caminhar uns 200 metros (veja o terminal do SDu e o quiosque Maloca do Sol ao fundo) até o pier de atracação da Pink Fleet, que oferece, aos sábados e domingos, em dois horarios (10h30 e 14h30) passeios de duas horas e meia pela baía de Guanabara (da Ponte até a Praia Vermelha, passando por Niterói), a R$ 80,00 (per capita) mais consumo. Mas é bom fazer reservas no site, até porque eu acho que não vendem ingressos no pier. A Pink Fleet é de propriedade do homem mais rico do Brasil (diz ele que é dono de US$ 16 bi) que, pelo que se lê na popa do Spirit of Brazil VII, fatura aqui e paga imposto no Panamá... Esse Eike é um tremendo patriota.
Porém, se você quiser gastar menos, mais adiante, de outro ponto da Marina da Glória (à direita, na foto abaixo) com o mesmo objetivo, saem passeios de escuna a preços menores. E, se você estiver a fim de algo mais cultural, não esqueça de que o pier da Pink Fleet fica nos fundos do MAM, o museu de arte moderna da cidade, aberto aos domingos. Veja a programação em http://www.mamrio.com.br/

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Desafio duzentos anos

Na próxima sexta-feira, 30 de maio, às 20h, no Cosme Velho. Sensacional desafio de futsal em quadra coberta! Em uma única partida, em dois tempos de vinte minutos, com dez de intervalo. Encerramento às 21h. After hour ao lado da quadra! Entregue ao dono do bar uma nota de dez reais e ganhe uma garrafa de cerveja gelada! E você ainda terá troco! Não perca! Novas informações a qualquer momento.
Blog do Gavião, órgão oficial do evento!

Mamma Rosa

Fomos conferir, na hora do almoço, a quantas anda o Mamma Rosa, tradicional trattoria do Cosme Velho. Continua bom. Com trinta tipos de pizzas de massa fina, também oferece pratos de carnes, aves e massas. De segunda a sexta, o cliente pode montar pratos executivos (R$ 11,00) e, todos os dias, tem inhoque com carne assada, uma excelente escolha. O serviço está de acordo, o ambiente é simples e agradável, e existem 150 lugares, a maioria na varanda do casarão de esquina, à rua das Laranjeiras, 506 (tel.: 2556 6502). Funciona de 11h até meia-noite e meia (sex. e sáb. até 1h30).

IED na Urca

Na semana que passou foi deferida a liminar que embargou as obras de instalação do Instituto Europeu de Design (IED), na praia da Urca, no prédio onde funcionou o Cassino e que também já abrigou o auditório e a sede da extinta TV Tupi. Parte dos moradores acha que o funcionamento do IED irá conflagrar o trânsito nas ruas estreitas do bairro, parte está apoiando a instalação, que revitalizará a área, abandonada há mais de vinte anos. E você? É contra ou a favor? Plizzzzzzzz, coloque seu voto na enquete ao lado.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ainda sobre Efeito Dominó

A presença de várias forças de segurança britânicas interessadas em coagir e interferir nas investigações sobre o roubo do Lloyds Bank, retratadas em The Bank Job (Efeito Dominó), fez o detetive da Scotland Yard soltar uma piada sobre a sua confusão com as atribuições das siglas MI-5 e MI-6. Normalmente, em qualquer lugar, roubo de banco é caso de polícia, daí a bronca do detetive. Na verdade, uma crítica do diretor do filme ao confuso sistema inglês. Também conhecido por New Scotland Yard, ou Yard, é o quartel general da Metropolitan Police Service, a força policial da região metropolitana da capital do Reino Unido. Pois bem, se o cara, que trabalha lá em Londres, não sabia, imaginem eu, sentado aqui no escurinho do cinema comendo pipoca... Assim, recorri ao santo Google e repasso para vocês. O MI-5, oficialmente designado Security Service, é o serviço britânico de informações (ou de inteligência) de segurança interna e contra-espionagem. MI-5 é a abreviatura de Military Intelligence, section 5, a designação vulgarmente usada, do Serviço de Segurança. O MI-5 conta, entre as suas principais missões, a proteção da democracia parlamentar e dos interesses econômicos britânicos e o combate à alta criminalidade, ao separatismo militante, ao terrorismo e à espionagem no interior do Reino Unido. Ainda que se ocupe principalmente de segurança interna, o MI-5 mantém, também, uma ação externa em apoio da sua missão. Já o MI-6, oficialmente designado Secret Intelligence Service, ou SIS, é o serviço britânico de informações (ou de inteligência) encarregado de dirigir as atividades de espionagem britânicas. As atividades do MI-6 são conduzidas, em princípio, no exterior, ao contrário do MI5, cuja ação é principalmente interna. MI-6 é a abreviatura de Military Intelligence, section 6, que é a designação vulgarmente usada, do SIS. Ainda existem mais dois serviços de informações (ou inteligência) britânicos, que são o GCHQ - Government Communications Headquarters, com funções de interceptação de sinais de telecomunicações e de garantia da segurança da informação, e o DIS - Defence Intelligence Staff (informações de defesa), atuando os quatro sob a coordenação do JIC - Joint Intelligence Committee. E a gente acha que o bate-cabeças é só por aqui...
Bem, agora que você já sabe tudo sobre os mecanismos de segurança da Grã-Bretanha, vamos a uma prova prática. Diga aí, em que serviço trabalha James Bond? Também conhecido como 007 (o sétimo a ganhar o código 00 de "licença para matar"), é um agente secreto britânico fictício, criado, em 1953, pelo escritor inglês Ian Fleming, ao escrever "Cassino Royale". Você respondeu "no serviço de espionagem MI-6"? Parabéns! Mas essa era facinha... Com vinte e um filmes oficiais desde 1962 ("007 contra o satânico Dr. No"), James Bond atacará pela 22ª vez em 2008 (fonte: Wikipedia e outras).

Desabafo de uma mulher madura

Quando eu era menina... esperava um dia ter um namorado! Seria bom se ele fosse alegre e amigo. Quando eu tinha dezoito anos, encontrei esse garoto e namoramos; ele era meu amigo, mas não me devotava paixão. Então percebi que eu precisava de um homem apaixonado, com vontade de viver, que se emocionasse... Na faculdade, eu saía com um cara apaixonado, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era o rei dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Descobri então, que eu precisava de um rapaz estável. Quando eu tinha vinte e cinco anos encontrei um homem bem estável, sabia o que queria da vida; mas ele era muito chato: queria sempre as mesmas coisas - dormir no mesmo lado da cama, fazer feira no sábado e ir ao cinema no domingo. Era totalmente previsível e nada... nada... nunca o excitava. A vida tornou-se tão monótona que decidi que eu precisava de um homem mais excitante. Aos trinta, encontrei um tudo de bom - brilhante, bonito, falante e excitante -, mas não consegui acompanhá-lo. Ele ia de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, paquerava com qualquer uma e me fez sentir tão miserável, quanto infeliz. No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro. Decidi buscar um homem com alguma ambição para com ele construir uma vida segura. Procurei bastante, incansavelmente... Quando cheguei aos trinta e cinco, encontrei um homem inteligente, ambicioso e com os pés no chão. Apartamento próprio, casa na praia, carro importado... solteiro e sem rolos! Pensei logo em casar com ele. Mas era tão ambicioso que me trocou por uma herdeira... Hoje, depois de tudo isso, aos quarenta anos, gosto de homens com pinto duro... E só! Nada como a simplicidade... (colaboração da minha amiga Claudia R.)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Mais uma lição corporativa

Um rato corre desesperadamente pela casa, com um gato em seu encalço. Para sua sorte, o pequeno roedor encontra um buraco no rodapé da cozinha e se esconde lá dentro.Depois de algum tempo de silêncio absoluto, o rato ouve latidos do lado de fora e pensa: "Deve ter aparecido um cachorro, que espantou o gato. Como cachorro não liga para rato, estou salvo". Então ele sai do buraco. Imediatamente, é apanhado pelo gato. Assustado, o rato pergunta:- Mas como você pode estar aqui ainda, se eu ouvi uns latidos de cachorro? - Ah, meu caro, hoje em dia, quem não falar dois idiomas está ferrado!

Cuidado com o oba-oba

Trocas de idéias sobre investimentos proliferam na internet. CVM diz que investidor deve ter cautela ao avaliar dicas. Com a expansão do sistema de negociação de ações via internet — o home broker —, cresceu também o número de fóruns e comunidades no mundo virtual que discutem estratégias de investimentos. Em grupos cujo acesso depende da autorização de um moderador ou de um cadastro em corretora é possível trocar experiências, comentar oscilações de papéis, fundamentos de empresas, falar sobre interpretações de gráficos e até pedir orientações. Tudo gratuitamente, na base da camaradagem. Com 1.376 associados e quase 71 mil mensagens trocadas, o grupo "Equipe de Investimentos" dá boas vindas ao usuário com uma frase atribuída ao megainvestidor Warren Buffet: "O mercado, como Deus, ajuda aqueles que se ajudam". De acordo com Denis Prates, um dos fundadores, é este o clima que impera: — Muita gente entra querendo se informar sobre cursos e livros. De maneira geral, os novos participantes são aprendizes e procuramos esclarecer as dúvidas — conta, ressaltando que nenhum dos fundadores tem lucro com as recomendações. — Nossa função não é ser fonte primária de informação, e sim uma ferramenta a mais na tomada de decisão — diz ele, que administra uma empresa. Comunidades excluem maus usuários das discussões - Especializado em análises gráficas, o fórum da consultoria Leandro & Stormer tem dez mil visitas por dia. Ao todo, são 40 mil cadastrados, que discorrem sobre análises gráficas de empresas e da Bolsa. A metodologia tem como foco a avaliação de acordo com o histórico do comportamento dos ativos. — O fórum surgiu porque, depois de fazerem nossos cursos, os alunos sentiam necessidade de continuar trocando idéias — diz Leandro Ruschel, um dos fundadores. A troca de idéias pode ser lida por qualquer internauta. Mas, para preservar o nível da discussão, apenas ex-alunos podem publicar comentários. Na Ágora, uma das maiores em operações via internet, há mais de 300 comentários de investidores por dia. Além disso, cerca de 1.100 pessoas acessam o site diariamente só para acompanhar as discussões. De acordo com o responsável pela área comercial, Hélio Pio, o bate-papo acontece das 9h às 18h e é acompanhado por dois analistas, que tiram dúvidas de investidores. Para participar, é preciso se cadastrar no home broker da corretora. — É um fórum educacional. A gente passa conhecimento e experiências de mercado. O cirurgião Guilherme Peralta, ou "Dr. Peralta", como é conhecido na internet, é freqüentador do fórum Leandro & Stormer. Às vezes, diz ele, tem que dar pito nos investidores iniciantes. — Eles têm a ilusão de que poderão ficar ricos muito rapidamente. O que a gente tenta passar é que ações são uma excelente ferramenta de investimentos, se usadas dentro de um padrão legal, com conhecimento e sem passos muito arriscados — diz ele, que já chegou a perder R$ 30 mil em um só dia quando era menos prudente e mais ansioso. No Bastter.com, maior fórum independente do país (sem ligação com corretoras), o controle é rígido. O consultor Maurício Hissa — ou Bastter, apelido inspirado no nome de seu cachorro — também conta que, volta e meia, dá broncas nos participantes. O fórum tem 25 mil usuários cadastrados e 150 mil visitantes por mês, além de oito moderadores. — Não permitimos brigas e disputas em torno de recomendações. E, quando alguém pede uma dica para comprar um papel que o fará ficar rico, eu digo: "Compre qualquer um, pois, com essa mentalidade, você vai perder tudo mesmo". Recém-inaugurado, o Vote Bolsa vai numa linha distinta. O objetivo principal é levar o usuário a votar na compra ou venda de determinado papel. — Nos fóruns, quem não está acompanhando a discussão o tempo todo pode perder o fio da meada. Queremos que o usuário diga, com clareza, se acha que é para comprar ou vender tal ação. Buscamos a sabedoria da multidão — diz Otávio Sampaio, um dos idealizadores. CVM alerta sobre manipulação de ações. O superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), José Alexandre Cavalcanti Vasco, diz que o órgão vê com bons olhos a propagação de discussões sobre investimentos, mas ressalta que o investidor não deve se guiar pela opinião de pessoas que não sejam especialistas. Além disso, lembra, os fóruns devem ser gratuitos, uma vez que a cobrança de informações só pode ser feita por analistas que tenham registro e estejam autorizados a atuar. E acrescenta: manipular preços de ações é crime, mesmo em fóruns. Em 2003, a CVM condenou um investidor a dez anos de afastamento do mercado, depois que ele plantou, em uma comunidade, um boato de que uma grande siderúrgica de São Paulo seria vendida. (Juliana Rangel, O Globo).

Atenção ao participar em fóruns

MANIPULAÇÃO: A tentativa de manipular ações plantando rumores em fóruns de discussão é considerada crime pela legislação do setor. COBRANÇA: Recomendações de compra e venda remuneradas, com base em estudos, só podem ser feitas por analistas registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regulamenta e fiscaliza o setor. A verificação pode ser feita no site http://www.cvm.gov.br/, no link "participantes do mercado". DICAS: Recomendações parecidas de um fórum em que várias pessoas opinam sem identificação devem ser vistas com ceticismo. Nada garante que um grupo ou apenas um investidor, com pseudônimos, não esteja agindo de má-fé para manipular o valor de ações. DENÚNCIA: Ao suspeitar que determinado fórum está sendo usado com objetivos escusos, denuncie no site da CVM, no link de "serviço de atendimento ao investidor". A pessoa que fizer a denúncia receberá uma senha e um protocolo de atendimento, e poderá acompanhar o andamento da investigação até que haja uma conclusão sobre o caso. PRUDÊNCIA: Não acredite em indicações milionárias. Algumas metodologias disponíveis na rede são as mais estranhas possíveis. A CVM já recebeu denúncias de pessoas que previam a variação de ações até por meio de astrologia. Alguns fóruns:
Bastter
Leandro & Stormer
Vote Bolsa
Ágora
Equipe de Investimentos
(transcrito de O Globo, edição de ontem).

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não perca Efeito Dominó

Dificilmente vai aparecer em 2008 outro filme com um roteiro tão bem costurado quanto este "Efeito Dominó" (The bank job), baseado na história real do maior assalto a banco da história da Inglaterra. Ocorreu em 1971, em uma agência londrina do Lloyds Bank, por coincidência na mesma Baker Street onde, no número 221-B, morou o lendário Sherlock Holmes, o maior detetive da ficção inglesa, criação de sir Arthur Conan Doyle. Em moeda atual, R$ 135 milhões foram surrupiados de cofres particulares mantidos na agência bancária. Mas o principal não foi a grana... Por 35 anos o roubo do Lloyds foi mantido sob sigilo, por decisão governamental - ao ver o filme você vai entender o porquê. Com o mesmo ritmo ágil dos velhos e bons filmes de assalto a banco, com escavação de túnel e suspense, mas com mais ingredientes ainda: diversas subtramas se encaixam perfeitamente na trama principal e misturam o arrombamento do cofre com escândalos da monarquia, tráfico de drogas, prostituição e corrupção, em uma narrativa sem falhas, com pitadas do humor inglês, pra relaxar. Com baixo custo de produção, interpretado por atores desconhecidos (uma vontade do diretor Roger Donaldson, que preferiu colocar o peso do filme na narrativa e não nas figuras de movie stars), é um programa imperdível. Sempre tão criticada, desta vez a tradução livre do filme acertou: quando você pensa que viu tudo, outra peça aparece. Eu sou capaz de apostar que "Efeito Dominó" será indicado para concorrer aos Oscar/Bafta 2009 na categoria de melhor roteiro original.

Pai Arnápio

Pelo visto, Pai Arnápio é mais um bombril na área, com 1001 utilidades. Só não serve mesmo é para resolver problemas com a língua portuguesa... Quanto ao resto, vá com fé, mermão, e volte aliviado (no bolso, certamente).

domingo, 18 de maio de 2008

Arroz de carreteiro

O arroz de carreteiro é tão típico como o churrasco. Qualquer gaúcho que se preze conhece e aprecia um carreteiro autêntico e bem feito. Esta receita é bem simples e outras podem ser obtidas na internet. Ingredientes: 350g de arroz; 300g de charque; uma cebola grande cortada em cubos; cinco dentes de alho; quatro colheres de sopa de óleo; pimenta a gosto. Modo de Preparar: o arroz de carreteiro, que tem mais de três séculos de tradição, sempre foi preparado na região dos Pampas, seguindo à risca essa receita: corte o charque em cubos e ferva por quinze minutos. Depois, escorra e lave-o com água fria. O segundo passo é colocar todos os ingredientes, inclusive o arroz, em uma panela de ferro, acrescentando meio litro de água, e levar ao fogo por 15 minutos. Se for de sua preferência, acrescente pimentão e tomate cortados e, no final, salpique com cheiro verde. Está pronto o arroz, preparado da mesma maneira que os gaúchos fazem há mais de 300 anos. Atenção: como o charque é naturalmente salgado, considere isso ao preparar. Pergunta-se: alguém aí conhece no Rio um restaurante que tenha arroz de carreteiro no cardápio? No Galeto da Nonna (Tijuca e Barra) tem (ou tinha), mas é servido como parte do rodízio... de um restaurante da culinária de origem italiana, ou seja, é um carreteiro mezzo fake :-)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Olimpíada grátis

Ganhe duas passagens com todas as despesas pagas para Pequim 2008! Para participar é muito fácil, basta responder corretamente, com relação à foto abaixo:
1. Qual o aluno que demonstra sinal de cansaço(sono)?
2. Quais são os irmãos gêmeos?
3. Quantas mulheres estão no grupo?
4. Quem tem o sorriso mais alegre?