domingo, 24 de fevereiro de 2008

Talvez melhor roteiro

Uma co-produção EUA/Canadá com quatro indicações ao Oscar, entre elas as de melhor filme e de melhor atriz para a boa novata Ellen Page (mas sem força para bater Cate Blanchett e Julie Christie hoje à noite), o filme conta a história de uma adolescente de 16 anos chamada Juno MacGuff que, após descobrir estar grávida de 9 semanas de Paulie Bleeker (Michael Cera), o namorado banana e colega de escola, examina várias soluções para a sua situação, já que ela não acredita ter condições de criar o filho. No início ela opta pelo aborto, mas uma decisão de última hora a faz mudar de idéia e decidir pela doação. Com a ajuda de sua melhor amiga Leah (Olivia Thirlby), Juno procura pais adotivos que lhe pareçam ideais e, junto com seu pai zen, Mac (J.K. Simmons) visita um casal yuppie interessado na criança, Mark e Vanessa Loring (Jason Bateman e Jennifer Garner), para firmar o acordo de adoção. Com o passar do tempo, Mark e Juno, com diversos interesses em comum, acabam tornando-se amigos. Complicações vão surgindo na sua vida na escola, na sua vida familiar e até sua vida amorosa. Interessante destacar que o pai de Juno, no momento da revelação da novidade pela filha, ficou aliviado quando soube que era gravidez. Ele estava achando que ela havia atropelado alguém ou estava metida com drogas, dois eventos geradores de muitas despesas nos EUA...
Desde que estreou no circuito de festivais no segundo semestre de 2007, “Juno” vem sendo alavancado pelo boca-a-boca do público, que levou a comédia indie de Jason Reitman (“Obrigado por fumar”) às alturas: os críticos têm adorado o roteiro original (que também concorre ao Oscar) e o filme, desde a sua estréia nos EUA, em dezembro, já rendeu nas bilheterias mais de dez vezes o que custou. Porém, boa parte da força do filme vem de sua ótima trilha sonora (é daquelas que você sai do cinema com vontade de comprar o CD), composta por um monte de baladas ao violão, em sua maioria de autoria da americana Kimya Dawson, a metade feminina da dupla Moldy Peaches. A voz de Kimya aparece solo no filme (mas, na cena de encerramento, o próprio casal de protagonistas, ao violão, canta Anyone else but you, gravação originalmente cantada pelo Moldy Peaches). A cantora/compositora se deu muito bem: atuando em pequenos palcos de shows folk nos arredores de Nova Iorque viu seu álbum atingir o topo da parada da Billboard em menos de duas semanas (fonte: internet).

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