sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

No limite

No aeroporto os passageiros aguardam no gate a chamada para embarcar. Aparece o co-piloto, todo uniformizado, de óculos escuros e de bengala branca tateando pelo caminho. A atendente da companhia o encaminha até o avião e assim que volta explica, diante do espanto de todos, que apesar dele ser deficiente visual é o melhor co-piloto da companhia. Alguns minutos depois chega outro funcionário também uniformizado, de óculos escuros, de bengala branca e amparado por duas aeromoças. A atendente mais uma vez informa que apesar da deficiência visual é o melhor piloto da empresa e ele e o co-piloto formam a melhor dupla de voadores da companhia. Os passageiros embarcam no avião preocupadíssimos com os pilotos. O comandante avisa que o avião vai alçar vôo e começa a correr pela pista cada vez com mais velocidade. Os passageiros se entreolham, tensos, com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar vôo. A pista está quase acabando e nada do avião sair do chão. Todos começam a transpirar e a ficar cada vez mais preocupados. O avião correndo cada vez mais, a pista acabando, o mar se aproximando rapidamente. O desespero toma conta dos passageiros. Começa uma gritaria histérica. Nesse exato momento o avião decola, ganha os ares e sobe suavemente. O piloto vira para o co-piloto e diz: - "Se algum dia o pessoal não gritar, a gente tá ferrado!" (colaboração da Maria Lúcia).

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