Criado pelo escritório de arquitetura franco-belga VCA (Vincent Callebaut Architecture), o Physalia não é apenas mera embarcação ecologicamente correta. Surge como um jardim flutuante autosuficiente que, além de ser um meio de transporte com grau zero de emissão de carbono, visa tratar a água por onde passa para deixá-la própria para o consumo. Enquanto isso, por meio de biotecnologias, gerará mais energia do que consome, fazendo dele então o chamado Protótipo de Energia Positiva.
O projeto foi criado do ponto de vista das duas maiores preocupações que a Europa possui em relação às mudanças climáticas: distribuição de água potável para a população e a reavaliação do transporte pelas vias fluviais.
Sua arquitetura é conceitual e futurística, possuindo forte ênfase em traços orgânicos. Isso se deve ao fato de que seu nome, arquitetura e design terem sido baseados numa espécie de animal aquático (Physalia Physalis), denominado águaviva, medusa ou alforreca, no Brasil e em Portugal.
Nada foi projetado sem motivo. Todas as suas características correspondem a um forte apelo ecológico e social. Sua estrutura de aço é coberta por alumínio e dióxido de titânio, que através da reação com os raios ultravioletas, criará um efeito fotocatalisador, purificando a água da química e do carbono rejeitados pelas indústrias e embarcações convencionais, além de representar autolimpeza para o navio. No seu teto existem duplas membranas de células solares fotovoltaicas para a absorção da energia solar e no casco hidroturbinas servirão para transformar o fluxo fluvial em uma hidrelétrica, fazendo com que o Physalia possa navegar tranquilamente.
O Physalia ainda contém, atravessando o seu casco, uma rede hidráulica que permite filtrar a água fluvial e purificá-la biologicamente através do seu telhado onde possui um jardim. Este jardim interior é dividido em quatro partes: Jardim da Água, que forma a entrada principal e a recepção; Jardim da Terra, onde ficará um laboratório de pesquisas internacionais que pesquisará o ecossistema aquático; Jardim do Fogo, que será uma cabine subaquática com vista panorâmica; e Jardim do Ar, espaço reservado para o ar e luz, onde se encontrará também a vegetação visível.
Nesse processo, ainda purifica as águas por onde passa (numa primeira fase navegará entre os principais rios da Europa - Danúbio e Volga, Reno e Guadalquivir - e Tigre e Eufrates) e conscientiza seus passageiros em relação à delicada situação climática que vivemos. Não obstante a importância do assunto, ainda não existem previsões para a implantação deste projeto.
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