segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Guantanamera

Já que estamos na área das músicas de protesto, podemos lembrar Guantanamera, que é uma das mais célebres canções cubanas, musicada por Joseito Fernandez sobre poema de José Martí (*), o primeiro da coletânea "Versos Sencillos". O termo "guantanamera" corresponde ao gentílico das mulheres nascidas em Guantánamo, cidade do sudoeste de Cuba, (onde se localiza a base da Marinha norte-americana).
A música data de 1963 e uma das gravações mais conhecidas é a do grupo Sandpipers. No Brasil, foi regravada por vários grupos, entre eles Raíces de América, que você pode ver no YouTube.
http://www.youtube.com/watch?v=mSq9dbbfE2k
Mas o melhor é ouvir na voz do próprio Joseito Fernandez
http://www.youtube.com/watch?v=FYXLQT6Kdk8&feature=related

(*) José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político, pensador, jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano, criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Em seu país natal também é conhecido como «El apóstol».

Filho de pai espanhol e mãe natural das Ilhas Canárias, José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, desde sua mocidade demonstrou sua inquietude cívica e sua simpatia pelas idéias revolucionárias que gestavam entre os cubanos. Influenciado pelas idéias de independência de Rafael Maria de Mendive, seu mestre na escola secundária de Havana, inicia sua participação política escrevendo e distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos Dez Anos. Com a prisão e deportação de seu mestre Mendive, cristaliza-se a atitude de rebeldia que Martí nutria contra a dominação espanhola.

Em 1869, com apenas dezesseis anos, publica uma folha impressa separatista, "El Diablo Cojuelo", e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". No mesmo ano passa a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney". Pouco depois é preso e processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis considerados revolucionários. É condenado a seis anos de trabalhos forçados mas passa somente seis meses na prisão. Em 1871, com a saúde debilitada, sua família consegue um indulto e obtém a permuta da pena original pela deportação à Espanha. Na Espanha, Martí publica, naquele mesmo ano, seu primeiro trabalho de importância: "El Presidio Político en Cuba", no qual expõe as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve na prisão. Nesta obra já se encontrariam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais de sua época. Mais tarde dedica-se ao estudo do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da Universidade de Saragoça em 1874.

Em 19 de maio de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do vilarejo de Dos Ríos, José Martí é atingido e vem a falecer em seguida. Seu corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, é exibido à população e posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do mesmo ano. (fonte: transcrição da Wikipedia)

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