A qualificação dos três caças para o projeto FX-2, o F-18 E/F Super Hornet (peso vazio 13,830 toneladas, 4,88 metros de altura e 13,62 metros de envergadura), da Boeing; o Rafale (9,060 toneladas, 5,3 metros de altura e 10,80 metros de envergadura), da Dassault; e o Gripen NG (6,622 toneladas, 4,5 metros de altura e 8,4 metros de envergadura), da Saab, mostra como o programa de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira mudou de eixo, sobretudo pela ausência russa na reta final. Na concorrência anterior, o Sukhoi russo (Cy-35) era favorito pela formidável combinação de poderio aéreo, aviônicos estratégicos (radar do tipo BVR, ou Beyond Visual Range, capaz de abater um alvo a 80 milhas de distância), capacidade de manobra e pacote offset (a contrapartida comercial). Vários pilotos brasileiros que o testaram surpreenderam-se com a capacidade do jato de desafiar a física, fazendo movimentos impossíveis graças à Vetoração de Empuxo, na qual a ponta das duas turbinas mexe 45 graus para qualquer lado. Os russos fazem até cavalo-de-pau no ar com esse equipamento. Outro ponto positivo era o raio de alcance, que permitia ao Sukhoi chegar à Venezuela, interceptar e retornar a Anápolis, onde fica a 1ª Ala de Defesa Aérea, encarregada desse controle. A reviravolta mostra que os americanos fizeram o dever de casa para serem favoritos – tanto o Rafale (pelo preço) quanto o Gripen (pela pequena autonomia) tinham poucas chances antes. Há seis meses dois graduados nomes do programa F-18 Super Hornet (um deles veterano da primeira Guerra do Golfo) estiveram em Brasília para conhecer a real necessidade da FAB. Anotaram tintim por tintim, principalmente o interesse por um equipamento capaz, a esta altura, de se contrapor aos Sukhoi 35 que a Rússia havia entregue a Hugo Chávez, fator que teria pesado na desclassificação. O F-16 oferecido antes estava, por isso, fora de cogitação. A decisão de transferir tecnologia (BVR e mísseis ar-ar) para o Brasil se insere na contenção enxergada pelos EUA na América do Sul, na qual o Brasil passou a ter peso. Além de criar a configuração necessária, a Boeing também investiu em outro campo: deslocou uma engenheira brasileira para o programa para trazer o F-18 Super Hornet o mais para dentro da cultura brasileira. O jato é made in USA, mas feito sob medida para os padrões operacionais da FAB (fonte: Jornal do Brasil).
Veja o Cy-35: http://www.youtube.com/watch?v=f7ChAzr7iFE
Um comentário:
Pensar em jatos russos para atualização da frota de caças brasileiros aparenta ainda comprar gato por lebre. Vejamos; na época das guerras na região dos Balcãns, alguns tentaram se defender dos jatos da aliança ocidental utilizando-se de equipamentos russos (migs), não foi obtido êxito. Sadan Hussein adquiriu, na época, o que havia de melhor dos Migs para a sua Força Aerea, no entanto, os jatos da OTAN passeavam sobre o espaço aereo iraquiano sem precisar se preocupar com eventual encontro com algum mig. Nos ultimos dias, observamos no noticiario jatos RAFALEs e TORNADOS GR4 passeando no espaço aereo Libio, bombardeando diariamente a cabeça do Kadaf (o dono da Libia, o qual adora adquirir jatos russos supostamente muito eficazes). No entanto, o indigitado Kadaf NÃO conseguiu com seus MIGs abater nem MEIA DUZIA das dezenas de jatos da OTAN que diariamente acertam alvos na Libia. Será mesmo que os equipamentos russos realmente podem enfrentar a capacitação tecnica de seus similares ocidentais
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