Considerado o primeiro sitcom (comédia de situação) da TV brasileira, "A Família Trapo" foi um programa humorístico que passou na TV Record de 1967 a 1971, em preto e branco (a primeira transmissão em cores no Brasil, experimental, foi na Copa de 1970). Seu enredo, escrito por Carlos Alberto de Nóbrega e Jô Soares, desenvolvia-se em torno da vida da personagem Carlo Bronco Dinossauro, o Bronco. O programa era gravado ao vivo no sábado no Teatro Record, na Consolação, em São Paulo e no dia seguinte as fitas seguiam de avião para as emissoras parceiras espalhadas pelo Brasil. Naquela época não havia transmissão por satélite e tampouco rede de afiliadas.
O nome Família Trapo foi inspirado da família von Trapp, do filme "A Noviça Rebelde" (The sound of music). Era uma família confusa e divertida que vivia em volta de Carlo Bronco Dinossauro (Ronald Golias, falecido em 2005), irmão de Helena Trapo (Renata Fronzi, que morreu em 2008). Bronco fazia o tipo “cunhado folgado” e sua vítima maior era Peppino Trapo (Otello Zeloni, que morreu em 1973), o marido da irmã. O casal Peppino e Helena Trapo tinha dois filhos: Verinha (Cidinha Campos) e Sócrates (Ricardo Corte Real). Para fechar o elenco fixo, o mordomo Gordon (Jô Soares).
Durante a existência do programa receberam diversos convidados como os futebolistas Pelé (do Santos), Raul Plasmann (era o goleiro galã do Cruzeiro), atualmente comentarista esportivo, cantores como Roberto Carlos, Elis Regina e até Dercy Gonçalves, que apareceu como namorada do Bronco.
Bronco implicava com todos os componentes da família. No especial em que aparece Pelé, que não é reconhecido por Bronco (que dá algumas dicas ao "Rei" de como jogar futebol), ele cantarola um hino fascista para irritar Zeloni. Este clássico episódio faz parte de um dos dois videotapes, que sobraram da Família Trapo, pois a maior parte dos episódios foi perdida nos incêndios da Record. Alguns programas de humor recente foram inspirados na Família Trapo: "A Grande Família", "Sai de Baixo", "Toma Lá Dá Cá".
No vídeo abaixo (duração de 8min30), você poderá ver trechos do episódio com Pelé, em 1967 e, quase quarenta anos depois, pouco antes da morte de Golias, o reencontro dos dois no programa do Ratinho.
Fonte: Wikipedia / Colaboração de Augusto T.P.
E se você quiser ver o episódio inteiro (25 minutos) no YouTube, clique ► AQUI
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