Depois de amanhã, 3 de abril, completam-se 126 anos da morte de Jesse James (foto), assassinado covardemente pelas costas aos 34 anos de idade quando, desarmado, em pé em cima de uma cadeira, prosaicamente tirava o pó de um quadro na parede de sua casa, no Missouri, EUA. Mas era o momento que esperava o traidor Robert Ford, um lamentável parasita que se aproximou do bandido, que era procurado incansavelmente pelo governo de dez estados e com a cabeça à prêmio, exatamente com a finalidade de pegar carona na fama de Jesse e levar vantagem sem fazer força (um tipo bem moderno, como se vê...). Jesse foi o fora-da-lei mais famoso do Velho Oeste norte-americano, considerado por muitos historiadores como um dos melhores caubóis a utilizar a arma, conhecido por seus roubos, especialmente assaltos a trens. Não sem motivo. Antes de entrar para o mundo do crime, ele e seu irmão Frank eram agricultores e a transição para a bandidagem se deu devido à perda de seu rancho para uma inescrupulosa companhia ferroviária que queria conquistar o Oeste através de ferrovias intercontinentais, passando por cima dos fazendeiros da região a qualquer custo. Roteiro manjadíssimo de vários bangue-bangues de Hollywood. Atualmente, Jesse é considerado por muitos como mais uma vítima da violência e das injustiças sociais, provocadas pela Guerra Civil Americana e que só agiu como agiu movido pelas circunstâncias.
Jesse James já foi biografado várias vezes no cinema, sendo que as mais famosas versões são: "Jesse James - Lenda de uma era sem lei" (Jesse James), dirigido por Henry King em 1939, com Tyrone Power e "Quem foi Jesse James?" (The True Story of Jesse James), dirigido por Nicholas Ray em 1957, com Robert Wagner. O filme mais recente, "O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford" (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford), de 2007, de um diretor desconhecido e com Brad Pitt interpretando Jesse, trata justamente do episódio do assassinato (e não se encerra nele, tem desdobramentos que não vou contar, é claro...). E Robert Ford é interpretado por Casey Affleck, o irmão mais novo - e considerado mais talentoso - do Ben Affleck. Mas preste atenção: ele não é o típico faroeste, com, no final, o herói cavalgando em direção ao pôr-do-sol. Também não tem duelo, pistolas ao contrário nos coldres e disputa de habilidades para ver quem fura mais moedas no ar. É um filme de ritmo lento, contemplativo e emocional, e com uma fotografia sensacional. Aliás, estes faroestes mais "cabeça", cujo pioneiro foi "Os imperdoáveis" (Unforgiven), dirigido em 1992 por Clint Eastwood (com ele atuando também), primam pela fotografia e pela música. Pegue na locadora e confira.
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