segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sobrou para os italianos

CAIRO - O procurador-geral do Egito deu ordens para que o chefe de Belas Artes do governo seja detido por quatro dias durante a investigação sobre o roubo de uma obra de Van Gogh, informou a mídia estatal. A pintura é avaliada em US$ 55 milhões (cerca de R$ 97 milhões). Mohsen Shaalan, primeiro subsecretário do Ministério da Cultura, e outras quatro autoridades foram acusadas de "negligência e incapacidade para realizar os deveres de seus cargos", disse a agência estatal Mena nesta segunda-feira. Segundo um comunicado, a obra, conhecida como "Flor de Papoula", foi furtada no sábado do Museu Mahmoud Khalil, que abriga uma das mais belas coleções de arte do século XIX e XX do Oriente Médio. Uma investigação preliminar no museu constatou "brechas flagrantes" na segurança, já que apenas sete de um total de 43 câmeras estavam funcionando adequadamente, informou o diário estatal al-Ahram, sem dar mais detalhes. O especialista em arte Ezz el-Din Naguib disse em um programa de televisão que o mesmo quadro havia sido furtado no fim dos anos 1970, mas foi recuperado dez anos depois. Segundo o jornal, o procurador-geral proibiu a viagem de autoridades do Ministério da Cultura como parte da investigação. Autoridades do governo não estavam imediatamente disponíveis para comentar. Horas depois de a obra ter desaparecido, a mídia estatal informou que a segurança aeroportuária havia detido um jovem italiano carregando a peça, e também teria prendido sua companheira, mas posteriormente informou que a busca continuava. Fontes do aeroporto disseram que cerca de cem italianos retornando ao seu país foram revistados, na tentativa de impedir a saída da pintura do Egito.

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