segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Depoimentos

Depo 1 (Rio de Janeiro) - No dia 6, uma amiga, dirigia seu carro pela Avenida Atlântica (sempre anda com os vidros fechados e com a bolsa escondida embaixo do banco). Em um sinal ela foi abordada por um flanelinha, daqueles com um borrifador plástico (tipo Vidrex) e uma flanela nas mãos. Ao invés de já começar a limpar o vidro dianteiro, sem perguntar nada, como normalmente fazem, o rapaz (que aparentava ter uns 12 anos) veio tentar conversar. Acenou dizendo que não tinha dinheiro com ela, e não deu muita atenção. O jovem começou a ficar nervoso, como se estivesse drogado, tentando fazer com que ela abrisse a janela. Ficou assustada, mas fingiu que não era com ela. Esperou o sinal abrir e saíu normalmente com o carro. Pouco depois percebeu que o rapaz havia borrifado aquela espuma na janela lateral. Na hora não se preocupou. Ao estacionar o carro, no pátio da firma, percebeu que o vidro estava sujo, desgastado em algumas partes. O segurança da empresa perguntou se isto havia sido feito por algum menino de rua. Ele disse que ela teve sorte de estar com os vidros fechados, pois aquilo que o menino de rua havia jogado na janela era ÁCIDO. O segurança afirmou que sua cunhada, enfermeira do Hospital Miguel Couto, já atendeu três casos, todos envolvendo mulheres que dirigiam sozinhas no carro. Em um dos casos foi necessária uma cirurgia plástica reconstrutiva de parte do rosto. Depo 2 (Rio de Janeiro) - Meu nome é José Carlos. Acabo de receber esta mensagem e quero endossar esta denúncia sobre esta nova modalidade de assalto. Não são apenas as mulheres o alvo dos assaltantes. Eu mesmo fui vítima desse tipo de assalto. No dia 24 de dezembro, por volta de 1h30min, retornava de um aniversário pela auto-estrada Lagoa Barra. Em um sinal um garoto, portando um borrifador e uma esponja, abordou meu amigo Guilherme, que estava a meu lado e pediu cinco reais. Guilherme respondeu que não possuía os cinco reais, mas que procuraria uma moeda. Fez um movimento no banco para colocar a mão no bolso e virou o rosto para dentro do carro. Foi sua sorte. O garoto borrifou o líquido na cabeça de Guilherme e saiu correndo. Em poucos segundos Guilherme começou a sentir uma queimação no pescoço. Corremos para o Hospital Lourenço Jorge. Lá fomos informados que se tratava de ácido muriático. Após o atendimento, Guilherme (que terá de se submeter a uma cirurgia corretiva e poderia ter ficado cego) e eu fomos fazer um boletim de ocorrência. Na delegacia fomos informados que está aumentado este tipo de delito. Soubemos, ainda, que onze menores (meninos e meninas), entre 12 e 15 anos, todos usuários de drogas, já foram identificados e encaminhados a instituição de menores infratores. Soubemos que um desses menores, quando abordado pelos policiais, reagiu, borrifando o ácido nos mesmos. Três dos policiais tiveram queimaduras graves nos braços e peito. Depo 3 (Rio de Janeiro) - Uma amiga minha que já tinha lido este e-mail estava parada num sinal e também foi abordada por um flanelinha, mas ela estava com o vidro fechado. Em seguida vinha um outro menino vendendo balas e ela começou a abrir para comprar, mas logo lembrou dos casos citados acima e fechou. O menino que estava COM AS BALAS pegou o borrifador do flanelinha e borrifou o vidro do carro, que ficou manchado etc. Ou seja, tratava-se de uma estratégia dos dois para que ela abrisse o vidro. Depo 4 (Porto Alegre) - Mais uma vez tenho que me deparar com a obrigação de escrever sobre algo desagradável. Mas não posso deixar passar em branco. Todo mundo já está careca de saber que os semáforos são palco de assaltos por garotos, inclusive armados. Mas aqui em Porto Alegre a onda agora é jogar ácido nos motoristas com vidros abertos que não entregarem o dinheiro. É um absurdo, eu sei. Mas várias pessoas já tiveram rostos, braços, ombros e pernas queimadas. Além disso, esse produto queima as vias respiratórias se aspirado de muito perto. Ainda não sei se isso é apenas em Porto Alegre, mas de qualquer forma, tomem cuidado. Além de tudo que já somos obrigados a agüentar, agora temos que andar de vidros fechados nesse calor infernal. Mas enquanto nossos políticos não se convencem de que é preciso dar educação para essas crianças, nós vamos pagando o pato por aqui. E com sorte, mas muita sorte mesmo, a gente sai ileso dessa batalha (fonte: internet)

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