No texto aí embaixo, o crítico faz uma referência a um certo "MacGuffin". Esclarecemos: excelente contador de histórias, o cineasta Alfred Hitchcock usou o termo para identificar na trama de seus filmes um objeto que não tem a mínima importância para o espectador, mas que pode valer a vida do protagonista. É a mulher morta, em Janela Indiscreta, a pedra que faz Cary Grant arriscar a vida de Ingrid Bergman, em Interlúdio, ou o dinheiro que a personagem de Janet Leigh rouba em Psicose. Embora seja importante para a moça, a grana é irrelevante para a trama, que se concentra no suspense do Motel Bates. O termo pegou e o artifício foi muito bem utilizado por outros cineastas. Em O Falcão Maltês, o MacGuffin de John Huston é a própria estatueta da ave - aquela que todos procuram e, em Cidadão Kane, o Rosebud. Em Os Caçadores da Arca Perdida, num exemplo de como usar o MacGuffin em um gênero que não seja o suspense, Spielberg colocou o mistério dentro da arca. O que tem dentro dela? Por que é tão poderosa? O cinema atual também tem seus MacGuffin: como exemplos diretos, a mala de Pulp Fiction, a valise de Ronin, e o Pé de Coelho de Missão Impossível III. Entre alguns exemplos indiretos, destaque para a caixa da Fedex que Tom Hanks não abre em O Náufrago e a pergunta por trás da trilogia Bourne: quem é Jason Bourne? E, agora, a mala de Onde os fracos não têm vez (fonte: Hollywoodiano).
Nenhum comentário:
Postar um comentário