sábado, 2 de outubro de 2010

Cabeça-chata, o mais perigoso dos tubarões

Os tubarões desempenham um papel crucial na limpeza dos oceanos, tragando animais mortos e refugos. Fazem parte de uma família muito antiga de animais e calcula-se que existam há cerca de 450 milhões de anos (200 milhões de anos antes dos dinossauros), sem grandes alterações em sua morfologia, o que sugere um bom nível de adaptação e evolução. São peixes de esqueleto cartilaginoso, ou seja, quando morrem os únicos vestígios  que restam de sua existência são as mandíbulas com os dentes. São os animais mais capacitados sensorialmente, tendo seis sentidos (os cinco que tem os humanos mais a linha lateral, que o ajuda na orientação). Tem uma capacidade incrível de perceber estímulos de todos os tipos, sendo capaz de perceber uma gota de sangue em uma piscina olímpica. A maioria dos tubarões pode detectar sangue e odores de animais há quilômetros de distância. O olfato é fantástico e a sua audição e a linha lateral estão ligadas e funcionam como radares para perceber vibrações na água. São dotados de uma espécie de sensores elétricos e por isso conseguem perceber a sua presa através dos impulsos elétricos. Além disso, cada espécie está adaptada fisicamente para sobreviver nos seus diferentes habitats, especialmente no que se refere aos dentes, de diversos formatos. São carnívoros, tendo em sua dieta composta de peixes, crustáceos, lulas, polvos, tartarugas, raias e outros cações. Habitam as águas costeiras e oceânicas, desde a superfície ao fundo em quase todos os oceanos e mares. Podem viver até 80 anos. Em geral, preferem águas mornas o que os faz nadar em direção às praias. Ao contrario do que se pensa, os tubarões não gostam de carne humana, mas sim confundem os homens com suas presas e por isso atacam. Dentre as 375 espécies existentes, cerca de 30 já atacaram seres humanos e apenas 5 são considerados os mais perigosos. São eles, numa escala de perigo crescente: o mangona, o galha branca, o tigre, o branco e o cabeça-chata.

O mais perigoso dos tubarões, o cabeça-chata (carcharhinus leucas), em inglês chamado bull-shark (tubarão-touro), pode viver tanto em água salgada quanto doce. São encontrados perto da costa, nas praias (veja onde no mapa abaixo), mas podem viver por um tempo em rios e lagos, para onde vai a fêmea ter os filhotes. Já foi encontrado três quilômetros acima no rio Mississipi (EUA), no rio Zambeze, na África e são capazes de subir o rio Amazonas até Manaus. Atinge de 2,1 a 3,5 metros de comprimento. Sua coloração do dorso vai desde marrom a cinza escuro, com o ventre branco. Seus dentes possuem forma triangular, sendo que os da mandíbula inferior se parecem com pregos, que ajudam a segurar a presa, enquanto os dentes superiores, serrilhados, rasgam a carne. Alimenta-se de peixes, incluindo outros tubarões (até da mesma espécie), arraias e pássaros. Possuem visão muito ruim, dependendo dos outros sentidos para atacar, o que faz esse tubarão extremamente perigoso em águas de baixa visibilidade.

Podem viver numa profundidade de 30 metros ou até de menos de um metro. No Brasil são encontrados em Recife, mais especificamente na praia de Boa Viagem (de águas turvas, o que favorece o erro do alvo, por parte do tubarão, que pode fazer confusão ao ver um surfista ou um banhista), onde participaram de diversos ataques, juntamente com o tubarão-tigre. O cabeça-chata é o ser vivo com maior índice de testoterona do planeta e até a fêmea apresenta um nível elevado. São muito territorialistas e constantemente atacam outros seres marinhos. Os cabeça-chata são vivíparos e a sua gestação dura um ano. Os filhotes nascem com 70 cm de comprimento e são encontrados normalmente em baías, bocas de rios e mangues. Possuem expectativa de vida de 14 anos. (texto transcrito de Wikipedia)

Veja no YouTube um vídeo de National Geographic Magazine (narrado em inglês)
http://www.youtube.com/watch?v=E9kkfX1d6N4&feature=fvw

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