Espécies de peixes marinhos que devem ser evitadas e aquelas que estão livres para o consumo.
Usando como referência a Lista Nacional do IBAMA e da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), temos três situações:
1 – Espécies que NÃO PODEM E NÃO DEVEM SER CONSUMIDAS
Entre os peixes comercais famosos, temos: cação-anjo, raia-viola, peixe-serra, surubim, cioba, badejo-tigre e mero.
- Doze espécies de tubarões/raias e 145 espécies de peixes constam no Anexo I do IBAMA como espécies ameaçadas de extinção, com alto risco de desaparecimento na natureza em um futuro próximo.
- Apesar de estar no Anexo II, o mero é a única espécie brasileira protegida e proibida de ser capturada.
- EVITE o famoso filé de viola, pois muitas peixarias comercializam o filé do cação-anjo como se fosse o filé da raia-viola. E ambos estão seriamente ameaçados.
2 – Espécies que DEVERIAM SER EVITADAS
Entre os peixes comercais famosos, temos: atum, badejo, cherne, corvina, enchova, garoupa, merluza, namorado, pargo, pescadinha-foguete, sardinha-verdadeira, tainha e vermelho.
Com relação aos tubarões (ou cações), o ideal seria que pudéssemos evitar somente o consumo das 38 espécies que hoje estão ameaçadas de extinção, como o cação-anjo, a mangona e os tubarões-martelo, mas infelizmente isso não é possível. Não há como “carimbar” a carne de cação proveniente das espécies não ameaçadas. Assim, o correto é cessar o consumo geral de toda a carne de cação.
- Fora as lagostas e camarões, seis espécies de tubarões e 31 espécies de peixes constam no Anexo II do IBAMA como espécies sobrepescadas (cuja condição de captura é tão elevada que reduz o potencial de desova e as capturas no futuro) ou como espécie ameaçada de sobrepesca.
3 – Espécies LIBERADAS PARA O CONSUMO
Entre os peixes comerciais famosos liberados temos: abrótea, agulha, albacora, batata, baúna, bicuda, bijupirá, bonito, caranha, carapeba, castanha, cavala, cavalinha, cocoroca, congro, congro-rosa, dourado, galo, linguado, manjuba, michole, olhete, olho-de-cão, pampo, peixe-espada, pescada, piranjica, piraúna, robalo, sororoca, tira-vira, trilha, xáreu, xerelete e xixarro.
Relação preparada por Marcelo Szpilman, Biólogo Marinho formado pela UFRJ, com Pós-Graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE) pela COPPE/UFRJ, é autor dos livros GUIA AQUALUNG DE PEIXES, AQUALUNG GUIDE TO FISHES, SERES MARINHOS PERIGOSOS, PEIXES MARINHOS DO BRASIL, e TUBARÕES NO BRASIL.
Veja o que diz Marcelo na recente entrevista Mergulhando com os tubarões, em O ECO, página de jornalismo ligada ao meio ambiente.
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