O início do campeonato 2008 de F1, com o inglês Lewis Hamilton tendo confirmado hoje o seu favotitismo no GP da Austrália (Melbourne), é uma boa oportunidade para relembrar os primórdios da competição, na década de 50. O argentino Fangio (1911/95), na foto em monumento em Buenos Aires, é considerado por muitos o melhor piloto da história da F1, por seu excepcional talento e pelo altíssimo nível de seus adversários. Ainda mantém o recorde de campeão com maior percentual de vitórias (47,06%) e possui o maior percentual de títulos (62,5%): nas oito temporadas que disputou correu 51 grandes prêmios, obteve 24 vitórias, 29 pole positions, 23 records de volta, cinco títulos mundiais (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957) quatro dos quais foram consecutivos, e dois vice-campeonatos (1950 e 1953). Correu por quatro escuderias: Alfa Romeo (1950-51), Maserati (1953-54), Mercedes-Benz (1954-55), Ferrari (1956) e Maserati (1957-58), sendo o único piloto da história da Formula 1 que foi campeão com quatro escuderias diferentes. Fangio disputou sua primeira corrida aos dezessete anos, guiando um Ford-T, e terminou-a em último. Subiu ao pódio pela primeira vez nas Mil Milhas da Argentina, em 1939. Seu acidente mais grave aconteceu no GP da Itália, em Monza (1952). Ao seguir para a Itália, onde disputaria a prova, fez escala em Paris, mas não pôde continuar a viagem de avião por causa do mau tempo. Fangio não hesitou: pegou um carro e dirigiu aproximadamente 700 km até Monza. No dia seguinte, ainda cansado, bateu a sua Maserati durante uma sessão de treinos e voou para fora do carro. Feriu-se gravemente no pescoço. Ficou 40 dias internado e cinco meses com pescoço e tronco imobilizados. Ele, no entanto, voltou a competir no ano seguinte. Fangio foi o primeiro piloto do mundo a mostrar que a "Era romântica da Fórmula Um" estava para fechar o ciclo, quando decidiu encerrar a sua carreira, no auge, em 1958. Alguns anos depois, ele comentou o que levou tomar aquela decisão: - "Eu estava em Reims treinando para o GP da França, quando senti que o carro estava muito instável, o que me chamou a atenção porque a grande virtude da Maserati 250F era sua estabilidade. Fui ao box e perguntei ao chefe de equipe o que se passava, que me respondeu: - Trocamos os amortecedores! - Mas por quê?, perguntei. - Porque estes nos pagam! - Assim, naquele momento, tomei a decisão de encerrar a carreira. E não me arrependo disso!" (fonte: Wikipedia).
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