O quero-quero (Vanellus chilensis) é uma ave da ordem dos Ciconiiformes (anteriormente Charadriiformes), pertencendo à família dos Charadriidae. O nome é uma onomatopéia de seu canto característico. É uma ave do tamanho de uma perdiz e caracteriza-se pelo colorido geral cinza-claro, com ornatos pretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é branca e a asa tem penas verde-metálicas. Apresenta um penacho na região posterior da cabeça; o bico, os olhos e as pernas são avermelhados e tem um par de esporões ósseos de 1cm no encontro das asas. Não há dimorfismo sexual. Mede em torno de 37cm de altura e pesa menos que 300g. O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e, principalmente, no Rio Grande do Sul, onde foi consagrada como Ave-Símbolo do Estado gaúcho (Lei estadual 7418 de 01.dez.80). Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas. Os ovos são postos durante a primavera em um ninho feito no solo. Para não rolarem, os ovos têm formato semelhante ao de um pião. A casca é pintada com manchas escuras que favorecem a camuflagem em meio à grama alta. Ambos os pais protegem o ninho. Uma das táticas adotadas pela ave é fingir estar ferida quando algum intruso se aproxima do ninho. Outra tática é ir se afastando e levando para longe eventuais agressores do ninho. O macho é agressivo e ataca qualquer criatura que ofereça perigo, incluindo seres humanos. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarma quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água. Essa característica faz do quero-quero um excelente "cão de guarda", sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril habitado por estas aves (fonte: Wikipedia).
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