Um homem com andar cambaleante é parado pela polícia às quatro da manhã e é perguntado sobre para onde ele se dirige. - Estou a caminho para ouvir uma palestra sobre os efeitos do álcool no corpo humano. O policial pergunta: - Sério? E quem vai dar uma palestra nesta hora da noite? Ele diz: - A minha esposa... (colaboração de Paula C.K.P.)
O Ministério da Alegria adverte aos malas-sem-alça, mal-humorados e chatos de modo geral: AFASTEM-SE! VADE RETRO! Esta não é a sua praia!!!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Promoção na Cobal do Humaitá
A gente reclama das "pracas" do interior... Mas o que dizer desta em pleno Largo dos Leões, fotografada por meu amigo Alberto P?
Zeitgeist Moving Forward
Com a duração de quase três horas (2h40), o filme Moving Forward (Futuro Agora) estreou simultaneamente em 15 de Janeiro, em 60 países, traduzido para 30 línguas diferentes, entre elas o Português. Da série "zeitgeist" (pronuncia-se "tzaitgaist" = espírito do tempo), do diretor Peter Joseph, é um longa em forma de documentário que defende a necessidade de uma transição para sair do atual paradigma sócio-econômico monetário que rege as sociedades do mundo inteiro. O filme aborda os atributos empiricamente basilares da sobrevivência humana e social, extrapolando as leis naturais imutáveis para um novo paradigma de sustentabilidade social designado “Economia Baseada em Recursos”. Os três temas centrais são Comportamento Humano, Economia Monetária e Ciências Aplicadas. Peter Joseph é o criador da trilogia Zeitgeist e fundador do Movimento de mesmo nome, que não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes e que surgiu a partir do segundo filme da série. (colaboração de Catarina de S.P.)
Veja aqui ► Moving Forward - o trailer. E se você gostou do trailer - e tem um sofá bem fofo - assista a versão completa (2h40), com legendas, de ► Moving Forward - o filme.
Veja aqui ► Moving Forward - o trailer. E se você gostou do trailer - e tem um sofá bem fofo - assista a versão completa (2h40), com legendas, de ► Moving Forward - o filme.
Lógica feminina
No ano passado o presidente Barack Obama saiu para jantar com Michelle. Para fazer algo diferente e sair da rotina presidencial foram a um restaurante não muito luxuoso. Claro que os guardacostas foram atrás. Estando sentados à mesa, o dono do restaurante pediu aos guardacostas para aproximar-se e cumprimentar a Primeira Dama, e assim o fez.
Quando o sujeito se afastou, Obama perguntou a Michelle: - Qual é o interesse deste homem em te cumprimentar?
Michele respondeu: - Na minha adolescência este homem foi muito apaixonado por mim durante muito tempo.
Obama observou: - Ah, quer dizer que se você tivesse se casado com ele, hoje você seria dona deste restaurante?
Michelle respondeu: - Não, meu querido, se eu tivesse me casado com ele, hoje ele seria o Presidente dos Estados Unidos! (Colaboração de Rosmery Z.)
Cinema, psicoses e neurônios reprogramados
Revista Ciência Hoje (28/01/2011) - Em sua coluna de estreia, o biólogo Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aproveita o lançamento do filme 'Cisne Negro' no Brasil para falar das origens, desenvolvimento e efeitos da esquizofrenia, doença que atinge 1% da população mundial.
O filme, estrelado por Natalie Portman, estreia no Brasil no dia 4 de fevereiro, fala sobre situações que podem desencadear psicoses, transtornos mentais caracterizados por deterioração afetiva e perda do contato com a realidade. Com seis indicações ao Oscar, o filme retrata as demandas físicas e emocionais que as bailarinas enfrentam no competitivo mundo do balé profissional.
O enredo do longa-metragem, dirigido por Darren Aronofsky, gira em torno do primeiro surto psicótico de Nina (Natalie Portman), dançarina que luta para se firmar como figura central de uma companhia de balé que ensaia uma nova versão do Lago dos Cisnes.
A reboque, o filme suscita o interesse dos espectadores a respeito da esquizofrenia, um dos mais misteriosos transtornos mentais. A incidência da esquizofrenia na população mundial é de 1%, com homens e mulheres igualmente afetados. Há mais pacientes esquizofrênicos do que doentes com Alzheimer ou esclerose múltipla, por exemplo. Os prejuízos sociais decorrentes do desenvolvimento da esquizofrenia são bastante significativos. A doença é caracterizada por delírios e alucinações que levam a uma deterioração afetiva e perda do contato com a realidade.
Os primeiros sintomas surgem na adolescência e começo da vida adulta. Há um forte componente genético associado à enfermidade, que, entretanto, não explica a maioria dos casos. Infecções virais durante o período perinatal, desnutrição materna e disfunções do sistema imunológico também são fatores de risco.
Atualmente, é considerada uma doença do desenvolvimento, associada à má formação do sistema nervoso. Apesar de não existir uma teoria de consenso capaz de explicar suas causas, há indícios de que o estresse oxidativo tenha papel fundamental na geração da patologia.
Entre o bem e o mal
O estresse oxidativo ocorre quando as defesas antioxidantes de nosso corpo falham em controlar as espécies reativas de oxigênio geradas pelo metabolismo normal de nossas células. Para entendermos como essa condição biológica está associada aos transtornos mentais, é preciso que conheçamos o "paradoxo do oxigênio".
O oxigênio desempenha papéis contraditórios. É essencial para a vida e, ao mesmo tempo, pode ser tóxico. A molécula de oxigênio, formada por dois átomos, é quebrada durante a respiração, para a conversão de nutrientes em energia. Durante esse processo, subprodutos conhecidos como espécies reativas de oxigênio são gerados. Aí é que está o problema.
◄ Estrutura do ácido ascórbico, um conhecido antioxidante. Disfunções no sistema antioxidante estão relacionadas ao desenvolvimento da esquizofrenia.
Espécies reativas de oxigênio são capazes de interferir em processos inflamatórios e na diferenciação de neurônios, mas estão principalmente relacionadas a modificações deletérias de macromoléculas como ácidos nucleicos, proteínas e lipídeos.
Infelizmente, em pacientes com esquizofrenia, elementos essenciais que normalmente reagem ao estresse oxidativo encontram-se comprometidos. Há relatos de disfunção do sistema antioxidante nesses indivíduos e de pequenas alterações em seus genes que reduzem a capacidade de se protegerem da ação danosa dos radicais livres.
Estudos em animais e relatos de pacientes sugerem, inclusive, que o aumento induzido nos níveis de radicais livres causa alterações cognitivas em indivíduos saudáveis e exacerbam psicoses em pacientes esquizofrênicos.
Cérebro frágil
Curiosamente, o hábito de fumar é até três vezes mais comum em pacientes esquizofrênicos do que na população em geral. Há indícios de que tal hábito seja uma tentativa inconsciente de compensar a carência de receptores para nicotina em seus cérebros. Por outro lado, o fumo reduz drasticamente os níveis de antioxidantes, comprometendo mais ainda a capacidade desses pacientes em lidar com o acúmulo de espécies reativas de oxigênio.
Devido ao alto consumo de oxigênio, o cérebro é mais vulnerável ao estresse oxidativo do que outros órgãos do corpo. Alterações de expressão gênica e de proteínas causadas por radicais livres comprometem a plasticidade neural e o funcionamento do sistema nervoso.
Em concordância com essas observações, há uma relação entre a eficácia de sistemas antioxidantes e a severidade dos sintomas da esquizofrenia, o que pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos.
Já há, inclusive, descrições sobre antioxidantes que previnem ou aliviam distúrbios associados à doença. Sua utilização aumentaria a eficácia dos antipsicóticos, melhorando o quadro clínico de pacientes com transtornos mentais.
Mais recentemente, pôde-se comprovar uma maior prevalência de diabetes com resistência à insulina nesses pacientes. Há novas pesquisas avaliando a aplicação de medicamentos antidiabéticos como co-fatores no tratamento da esquizofrenia.
As principais evidências de alterações bioquímicas dos sistemas antioxidantes associadas à esquizofrenia foram obtidas a partir de fragmentos cerebrais de pacientes já falecidos. O estabelecimento de novos modelos de estudo, como, por exemplo, neurônios reprogramados a partir de células da pele de pacientes esquizofrênicos, deverá contribuir para um melhor entendimento sobre a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento do sistema nervoso desses indivíduos.
◄ Neurônios reprogramados a partir de células da pele (na foto) de pacientes esquizofrênicos podem ajudar a explicar a influência do estresse oxidativo no desenvolvimento do sistema nervoso desses indivíduos. (foto: Bruna Paulsen/LaNCE-UFRJ)
Sem revelar mais detalhes sobre o filme, o surto psicótico da bailarina Nina deve ter sido provocado por uma combinação de herança genética, abuso na infância, estresse ambiental e má alimentação. Apesar de ainda serem necessários muitos estudos para comprovar o papel das espécies reativas de oxigênios como agente causador da esquizofrenia, cabe dizer que Nina deveria ter se preocupado um pouco mais com a dieta, optando por alimentos saudáveis, principalmente numa fase da vida de estresse ambiental tão extremo. Melhor prevenir do que remediar. (Colaboração de Catarina de S.P.)
domingo, 30 de janeiro de 2011
Especial Vasco da Gama
- Pelo menos o Vasco manteve a regularidade! 4 jogos e 4 derrotas: 100% de desaproveitamento...
- Anote aí: o novo site do Vasco agora é “wwwvascocombr” – Tudo sem ponto nenhum...
- Dúvida: se um torcedor do Vasco precisar pegar ônibus, onde vai achar um ponto?
- Qual é a diferença entre o Vasco e a letra “i” ? A letra “i” tem um ponto. E o trema caiu tendo dois pontos...
- Qual o melhor programa de humor: Pânico ( ), CQC ( ), jogo do Vasco (x)
- Cante comigo: a Vasco é o time da piada ! O Vasco é o time do humor!
- A Torcida do Vasco deve estar lembrando de tempos melhores… quando o Vasco era vice... sempre!
- Sorte do dia: você é torcedor do Vasco ?
- O Vasco queria dar a arrancada mas o time não sai do ponto-morto...
- O Flamengo quase disputou o clássico com o time campeão da Copinha só pra não humilhar muito o Vasco...
- O torcedor vascaíno precisa ter calma! O Vasco está apenas passando por um... século difícil.
- Na boa, nesse momento é fácil rir do Vasco… Difícil, mesmo, é parar de rir...
- Por que você sabe que o texto acima não foi escrito por um vascaíno? Porque o cara abusou das reticências e lá em São Januário não tem ponto para isso...
Saída de emergência
Estava remexendo em fotos antigas no computador e esbarrei nessas duas, tiradas em setembro passado, no interior do Mato Grosso, no auge da seca que se estendeu até quase novembro. Dá pra perceber a poeira no ar. Paramos em um posto de combustíveis para abastecer o carro e tirar água do joelho, ocasião em que capturei a imagem de dentro do WC masculino, sem janelas e com apenas a porta que você está vendo... Alguém aí tem explicação para o letreiro?
Isto é que é praga: 75 anos sem vencer um título de Grand Slam
O sérvio Novak Djokovic (na foto, do Herald Sun, de Melbourne) sagrou-se bicampeão do Aberto da Austrália neste domingo, com uma vitória sem sustos na final contra o escocês Andy Murray por 3 sets a 0 e parciais de 6-4, 6-2 e 6-3.
Campeão do torneio em 2008, o número 3 do mundo prolongou o jejum britânico de 75 anos sem um título de Grand Slam, que são os torneios mais importantes do circuito, disputados há mais de 100 anos, nessa ordem: os abertos da Austrália (Melbourne, piso duro), da França (Roland-Garros, Paris, saibro), da Inglaterra (Wimbledon, Londres, grama) e dos Estados Unidos (Flushing Meadows, no Queens, em New York, piso duro).
Murray fez um jogo instável e perdeu a sua terceira chance de conquistar um título desse porte, a segunda no Aberto da Austrália, onde foi vice também no ano passado. Em todas as três finais de Grand Slam que disputou, o britânico número 5 do mundo perdeu por 3 sets a 0.
Campeão do torneio em 2008, o número 3 do mundo prolongou o jejum britânico de 75 anos sem um título de Grand Slam, que são os torneios mais importantes do circuito, disputados há mais de 100 anos, nessa ordem: os abertos da Austrália (Melbourne, piso duro), da França (Roland-Garros, Paris, saibro), da Inglaterra (Wimbledon, Londres, grama) e dos Estados Unidos (Flushing Meadows, no Queens, em New York, piso duro).
Murray fez um jogo instável e perdeu a sua terceira chance de conquistar um título desse porte, a segunda no Aberto da Austrália, onde foi vice também no ano passado. Em todas as três finais de Grand Slam que disputou, o britânico número 5 do mundo perdeu por 3 sets a 0.
No Reino Unido, a expectativa sobre Murray era grande porque ele é o primeiro britânico a chegar a três finais de Grand Slam na Era Profissional, e esteve perto de repetir o feito de Fred Perry, o último do país a vencer um Major, no Aberto dos Estados Unidos de 1936. (fonte: O Globo)
Por essas e outras é que a Rainha prefere ficar montando quebracabeças (puzzle) no palácio e corre o risco de passar o reinado inteiro sapateirinha... O negócio talvez seja descolar um juiz que marque como válidas as bolas fora, a exemplo da final da Copa Fifa de Futebol 66 (já tem um tempinho também...), quando os alemães foram garfados.
História - O termo Grand Slam foi usado pela primeira vez em 1933, pelo jornalista estadonidense John Kieran. Ao descrever a tentativa, naquele ano, de Jack Crawford de ganhar todos os quatro títulos, comparou-a com o grand slam em bridge. No entanto, na final do US Open, Crawford foi incapaz de ganhar contra Fred Perry, justamente o último britânico citado acima, no que pode se pensar que Jack Crawford jogou uma praga pra cima dos britânicos... Na verdade, a mandinga demorou três anos para "colar" porque o inglês era um dos bambambãs da época e ainda venceu alguns torneios do Slam até ganhar o US Open de 1936. Foi somente em 1938 que Donald Budge tornou-se a primeira pessoa a ganhar o Grand Slam. E uma das poucas. O último homem a vencer o Gran Slam foi Rod Laver (em 1969, repetindo o feito de 1962), o maior tenista australiano. O Aberto da Austrália, encerrado hoje, é realizado na Rod Laver Arena (foto abaixo).
História - O termo Grand Slam foi usado pela primeira vez em 1933, pelo jornalista estadonidense John Kieran. Ao descrever a tentativa, naquele ano, de Jack Crawford de ganhar todos os quatro títulos, comparou-a com o grand slam em bridge. No entanto, na final do US Open, Crawford foi incapaz de ganhar contra Fred Perry, justamente o último britânico citado acima, no que pode se pensar que Jack Crawford jogou uma praga pra cima dos britânicos... Na verdade, a mandinga demorou três anos para "colar" porque o inglês era um dos bambambãs da época e ainda venceu alguns torneios do Slam até ganhar o US Open de 1936. Foi somente em 1938 que Donald Budge tornou-se a primeira pessoa a ganhar o Grand Slam. E uma das poucas. O último homem a vencer o Gran Slam foi Rod Laver (em 1969, repetindo o feito de 1962), o maior tenista australiano. O Aberto da Austrália, encerrado hoje, é realizado na Rod Laver Arena (foto abaixo).
Os vencedores do Grand Slam (todos os 4 torneios na mesma temporada) em simples são: Don Budge (1938), Maureen Connolly (1953), Rod Laver (1962 e 1969), Margaret Smith Court (1970) e Steffi Graf, em 1988, junto com a medalha de ouro nas Olimpíadas daquele ano, ganhando assim o Golden Slam, a única pessoa a ter esse título. Para se ter idéia da importância do que conseguiu a brasileira Maria Ester Bueno, lembre-se que, em 1960, ela venceu, em dupla feminina, os quatro torneios do Grand Slam (mas trocou de parceira depois do Aberto do Austrália).
No tenis masculino, jogando em simplês, o maior vencedor de Grand Slams é o suíço Roger Federer, com 16 troféus. No feminino Margaret Jean Court, tem o recorde de 62 títulos de Grand Slams - 24 simples, 19 duplas de mulheres e 19 duplas mistas, mais do que qualquer outro jogador na história do tênis. Dos homens, contando simples e duplas, Roy Stanley Emerson tem o recorde de 28 Grand Slam conquistados. (Fonte: Wikipédia).
sábado, 29 de janeiro de 2011
Nova Friburgo: de um lado, o pesadelo, de outro, a esperança
Por Márcio Madeira
De um lado, o pesadelo
Uma madrugada sem dormir, a falta de luz, o alto barulho da chuva vencendo um silêncio de tensão compartilhada. Ta chovendo demais, ta chovendo demais. Pela janela a luz de relâmpagos revela a rua alagada, enquanto o estrondo e o chacoalhar de um carro que tentava escapar revelam o enorme buraco escondido pela água escura. O dia amanhece, os olhos ainda exploram os estragos visíveis, quando o som indescritível de uma avalanche anuncia algo de grandioso acontecendo. O coração dispara, o olhar se volta para a esquerda, e a consciência duvida do que os olhos estão vendo. Todo o morro esta descendo. É muita, muita terra. O entulho some da vista, escondido pelos prédios. Um forte estrondo é ouvido, surge uma gigantesca nuvem de poeira. Não era encosta, não havia falhas na topografia nem tampouco casas em local de risco. É mata nativa, reserva natural. Se ali está desabando, então todo o resto já terá caído.
O pensamento se volta para os amigos que ali residem. Nomes, rostos. Corremos para o telefone. Mudo. Ainda chove forte, mas é preciso ir lá ver. Há lama e destruição por todos os lados, pessoas choram e correm. Na rua anterior um verdadeiro rio impede a passagem, permitindo apenas ver um caminhão dos bombeiros esmagado por entulhos. “Seis bombeiros morreram” – alguém diz, aos prantos. Não era boato. Mais alguns minutos e a chuva para. Podemos chegar mais perto.
Corpos passam em macas o tempo todo, bombeiros perguntam se alguém tem experiência em primeiros socorros ou reanimação. É difícil saber qual a melhor forma de ajudar. Amigos de infância estão debaixo de uma montanha de lama e escombros, onde antes havia belas casas tradicionais. Uma grávida é resgatada enquanto dá à luz um filho morto. Do outro lado da praça, a água cobre carros e pontes, invade o shopping. Pessoas buscam lugares elevados, cachorros nadam a seus lados. Há pânico e informações desencontradas por todos os cantos. “A igreja de Santo Antônio está destruída”, “o teleférico acabou”, “edifício tal está para cair”, “fulano de tal morreu”, “estrada tal está interditada”, “tal bairro não existe mais”.
Uma volta pela cidade começa a dar a dimensão da tragédia, enquanto a luz não volta e não é possível ver os jornais. A coisa foi grande, foi muito grande. Devem estar tentando falar com a gente, querendo notícias. O drama extrapola os limites da zona atingida. Não há como tranquilizar amigos ou parentes. Voltamos para casa. A comida na geladeira ameaça estragar. É preciso fechar o registro de água, para que a lama e o esgoto não contaminem o que resta na cisterna. É preciso economizar. Há pessoas presas em elevadores, e a luz não voltará em menos de dois dias. A subestação foi afetada, postes caíram, e há fios de alta tensão entre os escombros, onde também há vazamento de gás. O comércio está fechado, hospitais estão isolados e/ou destruídos, não há gasolina. Amigos se reencontram e se cumprimentam em silêncio. Não cabe perguntar se está tudo bem, é preciso buscar novas formas de saudação.
O sol se põe, é preciso tentar dormir. Mas, como? Bateria do celular começa a acabar, na eterna busca por sinal. Lanternas e velas se esgotam, apesar do racionamento. O mundo fica cada vez mais escuro, somos todos cegos. A noite se arrasta no medo de que volte a chover. Um banho rápido e gelado no escuro talvez ajude a passar o tempo e a diminuir um pouco a sensação de angústia e tensão.
O sol torna a nascer. Parentes de vítimas não se afastam dos montes de escombros. Passaram a noite por lá. Não existem ônibus circulando, pessoas caminham dias inteiros. O dinheiro é curto, bancos e caixas eletrônicos não funcionam. Filas se formam nos poucos estabelecimentos que se atrevem a funcionar. A entrada de pessoas é controlada, pois há medo de saques. Os preços se multiplicam, uma única vela pode custar até dez reais. Revolta e tristeza invadem a alma: “há necessidade disso? Já não sofremos o bastante?”.
A presidente está na nossa rua, os helicópteros não param. “A coisa deve ter sido ainda maior do que parece” – pensamos. Ainda sem luz, não temos tanta noção. A cidade se enche de bombeiros, policiais, homens do Bope, da Guarda Nacional. O Exército também está aqui, é muita gente trabalhando. Na praça ergue-se um hospital de campanha; no Instituto de Educação, um IML é improvisado. Um médico pede um pouco de pomada descongestionante, pois o cheiro dos corpos já em decomposição começa a se tornar insuportável, e se espalha por toda a cidade.
Uma grande caixa d’água se rompe num bairro afastado. A notícia ganha proporções catastróficas no boca a boca de uma população apavorada. Interfone e telefone tocam ao mesmo tempo. “Corre que a represa rompeu, vai inundar a cidade inteira, a água vai chegar até o segundo andar”. Bombeiros apavorados sobem em caminhões, doentes são transportados para os andares superiores de hospitais improvisados, pessoas são pisoteadas e atropeladas, ou brigam ferozmente por uma vaga nos caminhões que abandonam o centro à toda velocidade.
Não haveria volume d’água na maior represa da cidade que fosse suficiente para causar nem um milésimo do que era alertado, mas pouca gente consegue pensar calmamente quando até mesmo os militares estão em pânico. Alarme falso, terror real.
De outro lado, a esperança
Caminhões com donativos começam a chegar um após o outro, enquanto pessoas surgem de todas as cidades dispostas a ajudar. Os telefones começam a tocar timidamente, ainda é difícil conseguir contato. Do outro lado da linha vozes amigas choram de alívio a cada alô.
Boas notícias surgem, de vez em quando. Existem sobreviventes, algumas pessoas são resgatadas com vida. Em Friburgo, no bairro de Duas Pedras, o morador da casa mais alta, próxima à Fundação Getúlio Vargas, sente a estrutura de sua casa balançar e sai de imediato. Desce a rua no escuro e debaixo de chuva dando o alarme do desabamento iminente aos seus vizinhos. O morro desaba, mas nenhuma vida se perde ali. Herói da vida real, prefere o anonimato.
O trabalho no voluntariado consola e renova. A sensação inigualável de servir e ser útil, a admiração por ver pessoas de fora trabalhando tanto ou mais que nós, os interessados. Descarregar um caminhão dá muito mais trabalho do que parece, descobrimos isso rapidamente. E imaginar que, em algum lugar do Brasil, este mesmo trabalho estafante foi feito com alegria por pessoas que nem sequer nos conhecem...
A ajuda material é, a um só tempo, útil e simbólica, pois carrega em si uma mensagem invisível. Sacia as necessidades do corpo, cura as doenças da alma. Uma garrafa d’água não é só uma garrafa d’água. É uma declaração de amor e de apoio, de alguém que saiu de casa e foi comprar, levou para o posto de coleta, onde pessoas com amor carregaram o caminhão. É, portanto, material sagrado. É sacrifício do povo, é atitude, é gente comendo menos para que outros possam comer alguma coisa. É carinho materializado.
Nos hemocentros, filas se formam com doadores. Doadores de sangue, doadores de vida. Gente que literalmente deseja dar parte de si mesmo ao próximo. Impossível se manter o mesmo diante de tantas forças, sejam elas tristes ou bonitas. De certo modo, é justo dizer que todos nós morremos debaixo do lamaçal. Não somos mais os mesmos, nem temos o direito de ser.
A consciência sobre as bênçãos e responsabilidades de simplesmente estar vivo se amplia indefinidamente. Continuamos aqui, por algum motivo. Estamos sendo abraçados, protegidos. É preciso justificar isso, é preciso trabalhar, honrar os que se foram, e os que estão ajudando. A vida nos deu uma página em branco. É preciso reconstruir, e fazer uma cidade melhor e mais segura do que antes. É preciso renascer, tornar-se uma pessoa melhor e menos alienada, abandonar o superficial e voltar os olhos ao essencial. É preciso ajudar a quem precisa, dividir o que se tem. Há que brotar vida verdadeira desta mesma lama, adubada por tantos amigos inesquecíveis que por lá pereceram.
A luz voltou, e os jornais falam em tragédia anunciada. Meia verdade. Em Petrópolis e Teresópolis choveram 130mm. Em Friburgo foram 182mm. Em algumas cidades a tragédia de fato se concentrou em bairros periféricos e casas em locais de maior risco. Em Friburgo, reservas naturais e mansões desabaram da mesma forma. Casas de classe média alta, a 200 metros de encostas, foram soterradas. Não houve distinção. Falar em drenagem ou muros de contenção diante de tamanha potência é fazer piada de mau gosto. Útil, sim, seria um plano diretor livre de demagogias, e um sistema de alarme eficiente, como o herói anônimo de Duas Pedras.
Chega o domingo, e com ele os primeiros raios de sol. Faz um dia bonito, apesar da poeira, e quando começa a anoitecer o céu assume uma coloração azul deslumbrante. Uma leve brisa sopra pelas ruas desertas, e, por um instante, as sirenes dão uma trégua. Fecho os olhos por alguns segundos torno a abri-los. Perco o olhar nas estrelas e me deixo levar. Em minha cabeça ouço nitidamente a voz vigorosa de Renato Russo cantando: “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã...”
(Colaboração de Alberto P.)
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Calendário Pirelli 2011: Mitologia, por Karl Lagerfeld
Veja como foi feita a 38ª edição do procuradíssimo calendário Pirelli, sempre um estudo fotográfico, desta vez pelo estilista da Maison Chanel, sob o tema "Mitologia". Modelos: a brasileira Isabeli Fontana (na foto, que já esteve nos calendários de 2005 e 2009), Daria Werbowy, Erian Wasson, Anja Rubik, Lara Stone, Magdalena Frackowiak, Brad Kroenig, Baptiste Giabiconi, Heidi Mount, Elisa Sednoui, Freja Beha, Iris Strubegger, Jack Davies, a atriz Juliene Moore, Abbey Lee Kershaw, Bianca Balti, Garrett Neff, Jeneil Williams, Natasha Poly, Lakshmi Menon. Veja aqui ► "Making Of" do Calendário Pirelli 2011 (duração: 18 minutos)
Agildo Ribeiro e o biliquê no Programa do Jo em 1991
E tome mais entrevista com Agildo, em outro Programa do Jo, desta vez contando a história da gordinha vendedora de enciclopédia: ► clique aqui ◄
Pérolas paroquiais
Aviso aos paroquianos
Estes avisos paroquiais foram fixados em portas de igrejas. Todos são reais e escritos com boa-vontade e má redação.
Para todos os que tenham filhos e não sabem, temos na paróquia uma área especial para crianças.
O torneio de basquete das paróquias vai continuar com o jogo da próxima quarta-feira. Venham nos aplaudir. Vamos tentar derrotar o Cristo Rei!
Quinta-feira que vem, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo de mães. Todas as senhoras que desejem formar parte das mães, devem dirigir-se ao escritório do pároco.
Na sexta-feira às sete, os meninos do Oratório farão uma representação da obra Hamlet, de Shakespeare, no salão da igreja. Toda a comunidade está convidada para tomar parte nesta tragédia.
Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa ocasião para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos!
Assunto da catequese de hoje: Jesus caminha sobre as águas. Assunto da catequese de amanhã: Em busca de Jesus.
O coro dos maiores de sessenta anos será suspenso durante o verão. Com o agradecimento de toda a paróquia.
O mês de novembro finalizará com uma missa cantada por todos os defuntos da paróquia.
O preço do curso sobre Oração e Jejum não inclui as refeições. Por favor, coloquem suas esmolas no envelope, junto com os defuntos que desejem que sejam lembrados. (Colaboração de Joel S.J.)
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Costinha e as Raspadinhas do Rio
A primeira parte é a versão oficial da propaganda das Raspadinhas do Rio. Em seguida, veja Costinha improvisando em cima do texto. Mas é melhor usar um fone de ouvidos ou então expulsar as crianças da sala... ► clique aqui! ◄
Os Fulanos: a vida nos Pampas
Há 14 anos na estrada, “Os Fulanos” é uma dupla de comediantes gaúchos descoberta por Chico Anísio e formada por Dedé Ferret e Pul Barreto (o mais alto). Amigos de adolescência em Pelotas, Dedé nascido lá mesmo e Pul em Dom Pedrito, foram Revelação do "10º Festival de Teatro de Pelotas" e vencedores do "Festival Cria Rio", fizeram participações no evento "Salão do Humor do Piauí" (Teresina) e programas de TV e rádio.
Anos atrás eles comercializavam os seus CDs de piadas em um furgão estacionado na esquina das ruas Uruguaiana e Sete de Setembro, no Centro do Rio de Janeiro e chegaram a atingir a marca de 200 mil cópias vendidas. Em seguida ‘bombaram’ na internet (YouTube), com os quadros "Sílvio Santos no Motel" e "Fluminense x Barcelona", entre outros. Durante os 3 anos do seriado "Toma Lá Da Cá" foram artistas exclusivos da TV Globo onde faziam o ‘esquenta’ da platéia do programa, que consiste em fazer shows para a platéia antes do elenco entrar em cena. Para ver a dupla desmistificar a lenda que envolve a rapaziada dos Pampas, clique ► aqui ◄ e divirta-se!
Ou então veja o mesmo vídeo e outros ► na página de Os Fulanos na internet ◄.
Anos atrás eles comercializavam os seus CDs de piadas em um furgão estacionado na esquina das ruas Uruguaiana e Sete de Setembro, no Centro do Rio de Janeiro e chegaram a atingir a marca de 200 mil cópias vendidas. Em seguida ‘bombaram’ na internet (YouTube), com os quadros "Sílvio Santos no Motel" e "Fluminense x Barcelona", entre outros. Durante os 3 anos do seriado "Toma Lá Da Cá" foram artistas exclusivos da TV Globo onde faziam o ‘esquenta’ da platéia do programa, que consiste em fazer shows para a platéia antes do elenco entrar em cena. Para ver a dupla desmistificar a lenda que envolve a rapaziada dos Pampas, clique ► aqui ◄ e divirta-se!
Ou então veja o mesmo vídeo e outros ► na página de Os Fulanos na internet ◄.
Algo realmente estranho
No corrente ano vamos experimentar quatro datas incomuns....
1/1/11
11/1/11
1/11/11
11/11/11
E tem mais! Se você nasceu no Século XX, pegue a dezena do ano em que você nasceu e some com a idade que você irá completar este ano. A resposta será sempre a mesma, para qualquer pessoa: 111
Alguem explica o que é isso ? ☺
Filme de terror
A gente brinca e os espertos faturam...
De acordo com informação da produtora Canonigo Films, o diretor de cinema americano Darren Lynn Bousman (de "Jogos mortais 2, 3 e 4") está em Barcelona, rodando o seu próximo filme, "11-11-11".
De acordo com informação da produtora Canonigo Films, o diretor de cinema americano Darren Lynn Bousman (de "Jogos mortais 2, 3 e 4") está em Barcelona, rodando o seu próximo filme, "11-11-11".
O filme, um thriller de terror escrito por Bousman, se baseia na ideia de que existem 11 portas no céu e às 11h11 do dia 11-11-11, a décima primeira porta se abrirá e algo sobrenatural entrará na Terra.
Uma teoria da numerologia assegura que o 11 é um alerta dos anjos que, ao longo da história, tentaram se comunicar com os humanos.
"Com este filme, buscamos uma forma diferente de surpreender as pessoas, adaptando o fenômeno de maneira aterrorizante", afirmou Bousman.
As gravações de "11-11-11" começaram no dia 11-1-11, e a estreia mundial está prevista para 11-11-11.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Estágio em Portugal
Este anúncio foi publicado num famoso site de procura e oferta de trabalho nacional em Portugal. Um jovem recém-licenciado na área leu-o e achou que devia responder à letra! A Revista Visão publicou um artigo sobre o jovem que deu esta resposta!
Anúncio - A Empresa X está a aceitar candidaturas para estágio na área de Design. Requisitos Académicos: Finalista ou recém-licenciada(o) em Design.
Competências pessoais:
* Poder de comunicação;
* Iniciativa;
* Auto-motivação;
* Orientação para resultados;
* Capacidade de planeamento e organização;
* Criatividade
Competências técnicas:
Conhecimentos nos seguintes programas/linguagens
® Adobe Photoshop,
® InDesign,
® Illustrator (FreeHand e Corel Draw) Flash,
® Dreamweaver,
® Premiere,
® AfterEffects,
® SoundBooth,
® SoundForge,
® AutoCad,
® 3D StudioMax
® HTML (basic),
® ActionScript 2.0 (basic),
® CSS,
® XML.
Remuneração: Estágio Remunerado
Duração: 6 meses, com possibilidade de integração na equipa
Reação de um candidato - Portanto, e resumindo, esta empresa quer um recém-licenciado que saiba de origem 13 softwares e 4 linguagens de programação. Isto é o país em que vivemos. Não me ficando atrás perante esta pérola, decidi responder no mesmo estilo. Eis o que lhes respondi:
Boa noite,
Estou a entrar em contacto para responder ao anúncio colocado no site Carga de Trabalhos para a posição de estagiário em Design.
Chamo-me André Sousa, tenho 25 anos e sou um recém-licenciado em Design de Equipamento (Fac. Belas Artes de Lisboa).
Sou extremamente comunicativo, transbordo iniciativa e auto-motivação, estou constantemente orientado para os objectivos como uma bússola para o Norte (magnético), sou mais planeado e organizado que o Secretário de Estado de Planeamento e Organização e sou um diamante da criatividade como já devem ter percebido e como vão poder comprovar nas próximas linhas.
Quanto aos conhecimentos técnicos:
Sou um mestre em Adobe Photoshop.
Conheço o InDesign por dentro e por fora.
O Illustrator, Freehand, Corel e o Flash são os meus brinquedos do dia a dia, faço o que quiser com eles.
Nem me ponham a falar do Dreamweaver, até de olhos fechados...
Premiere... Até sonho com ele!
AfterEffects tem um lugar especial no meu coração.
Faço umas coisas bem maradas com o SoundBooth e o SoundForge.
Com o Autocad e o 3d Studio Max até vos faço duvidar dos vossos próprios olhos.
Html, Action Script 2.0, CSS e XML são as linguagens do meu mundo.
Mas sejamos francos, qualquer estudante de 1º ano sabe de cor e salteado qualquer um destes 13 softwares e 4 linguagens de programação...
Eu sou um recém finalista. E como tal tenho muito mais para oferecer:
Tenho conhecimentos de Cinema 4D, Maya, Blender, Sketch Up e Paint ao nível de guru.
Tenho conhecimentos mega-avançados de C+, C, C++, C+ ou -, Java, JavaScript, Ruby on Rails, Ruby on Skates, MySQL, YourSQL, Everyone'sSQL, Action Script 3.0, Drama Script 3.0, Comedy Strip 3.0 e Strip Tease 2.5, Ajax, Vanish Oxi Action, Oracle, Sonasol, XHTML, Batman e VisualBasic.
Conheço o Office todo de trás pra frente assim como o Microsoft WC.
Domino o Flex ao nível do Bill Gates e mexo no Final Cut Pro melhor que o Steven Spielberg.
Tenho ainda conhecimentos de grande amplitude em 4 softwares que estão a ser desenvolvidos por grandes marcas e também de 3 outros softwares que ainda não foram inventados.
Falo 17 línguas, 5 das quais já estão mortas e 6 dialectos de povos indígenas por descobrir.
Com estes conhecimentos todos estou super interessado num estágio porque acho que ainda tenho muito para aprender e experiência para ganhar. Espero que ao fim de 6 meses tenha estofo suficiente para poder fazer parte da vossa equipa e quem sabe liderá-la.
Fico ansiosamente à espera de uma resposta vossa.
Embora tenha uma oportunidade de emprego na NASA e outra no CERN espero mesmo poder fazer parte da vossa equipa.
Cumprimentos,
A. S.
PS: Com um anúncio desses, a pedir o que pedem a um recém-licenciado, é uma resposta destas que merecem. Peço desculpa se feri susceptibilidades mas não me consegui conter."
(colaboração de Liliane M.)
Byron Bay
Byron Bay, com 30 mil habitantes, é uma cidadezinha à beira mar na Nova Gales do Sul, 800 quilômetros ao norte de Sydney. Com boas ondas para surfe, tem na sua área o ponto mais oriental da Austrália continental, o Cabo Byron, na foto acima (clique sobre ela para ampliá-la).
Mas você não precisa se abalar até lá pra usar ou presentear um dos produtos mais famosos daquela praia: os biquinis WW. A empresa se dedica à manufatura e distribuição de trajes de banho e roupas íntimas femininas, sensuais e de alta qualidade. Eles entregam em qualquer parte do mundo. Entre na página da ► Wicked Weasel Pty Ltd ◄ e faça as suas encomendas. E não deixe de navegar nas abas, especialmente em "competição de biquinis" (veja também as postagens de meses anteriores), com fotos enviadas pelas clientes de todo o mundo, quem sabe você encontra lá uma foto daquela sua prima boazuda? ☺
Fato inédito no meio científico
Durante escavações no Estado do Rio de Janeiro, arqueólogos fluminenses descobriram, a 100 m de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1000 D.C. Os cientistas cariocas concluíram que seus antepassados já dispunham de uma rede telefônica naquela época.
Os paulistas, para não ficarem para trás, escavaram também seu subsolo, encontrando restos de fibras óticas a 200 m de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham dois mil anos de idade. Os cientistas paulistas concluíram, triunfantes, que seus antepassados já dispunham de uma rede digital à base de fibra ótica na época do nascimento de Jesus Cristo!
Uma semana depois, em Belo Horizonte, foi publicado por cientistas mineiros estudo com a seguinte conclusão: "Após escavações arqueológicas no subsolo de Contági, Betim, Barbacen, Passa-Quato, Jijifó (*), Sans Dumont, PosoAlegre, Santantoin do Monte, Vaginha, Nanuque, Moncarmelo, Carnerim, Lagoa Dorada, Sanjão Del Rei, Beraba, Berlândia, Belzonte,Divinópis, Pará de Mins, Furmiga, Vernador Valadars, TiófilOtoni, Piui, Carmo do Cajuru, Biraci, Selagoa, Carvalhópolis, SSParaíso e diversas outras cidades mineiras, até uma profundidade de 500 metros, não foi encontrado absolutamente nada. Concluiu-se então que os antigos mineiros já dispunham há 5000 anos de uma rede de comunicações sem-fio: "wireless". Nota dos arqueólogos: por isto se pronuncia "UAI reless".
(*) “Jijifó” é Juiz de Fora... (Colaboração de Luiz F.C.L.)
Ricardão
Em pleno inverno, um sujeito, voltando de uma viagem de negócios, entra em um táxi no aeroporto. Enquanto se dirigem para casa, ele pergunta ao taxista se ele topa ser testemunha de adultério, pois suspeita que sua esposa está tendo um caso e pretende flagrá-la no ato. O taxista concorda. Ao chegarem silenciosamente à casa, sobem pé ante pé até o quarto. O marido acende as luzes, arranca o cobertor e lá está a esposa dele na cama com outro cara. O marido coloca a arma na cabeça do homem nu.
A esposa grita: - Não faça isso! Esse homem tem sido muito generoso! Eu menti para você quando disse que herdei dinheiro. Foi ele quem pagou a BMW que eu comprei para você. Ele pagou também o nosso iate novo, foi ele quem comprou e mantém a nossa casa em Angra e comprou o nosso título do Tênis Clube!!!
Perplexo, o marido abaixa a arma, olha para o taxista e pergunta: - O que você faria?
O taxista responde: - Coloca logo o cobertor, antes que ele pegue um resfriado... (Colaboração de Nelson S.)
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Reconstrução é força de vontade
A 95 quilômetros de Melbourne, na Austrália, numa pequena cidade chamada Marysville, encontra-se um original jardim inserido na floresta tropical. O que o torna peculiar não é apenas estar situado em uma área urbana mas sobretudo a enorme quantidade de esculturas que se encontram disseminadas por todo o lado. O autor das esculturas e também proprietário do jardim é Bruno Torfs, um artista sul-americano que se radicou na Austrália há alguns anos.
Ao todo são mais de uma centena de figuras de terracota com formas de crianças, duendes, sereias, animais fantásticos e outros seres fabulosos que parecem saídos de um conto de fadas e que se fundem com o ambiente como se ali fosse a sua casa.
Quer dizer, eram mais de cem figuras de terracota... Infelizmente, o incêndio florestal de fevereiro de 2009 destruiu todo o trabalho de Bruno, que saiu ileso da catástrofe, junto com sua família.
Bruno resolveu encarar o desafio da reconstrução e nestes dois anos tem trabalhado duro.
Atualmente, o jardim está como na foto abaixo, aos poucos voltando ao que era. Aqui no Rio de Janeiro também precisaremos ter força de vontade para reconstruir o que foi devastado pelas águas, com certeza aproveitando os ensinamentos da Natureza, preservando áreas que nunca deveriam ter sido ocupadas de forma permanente. Se houver vontade política (não dos 'políticos', mas a que emana do povo) talvez tenhamos no futuro belos parques florestais na Região Serrana para passear e acampar, no lugar do aglomerado urbano inconsequente de hoje. Infelizmente - e neste caso os 'políticos' tem tudo a ver - o preço de aprender a conviver com a Natureza é muito alto, vai superar os mil mortos.Veja na internet a página de ► Bruno ◄
Eu a beijei
Conto de Débora do Prado Lisboa publicado em Obvious (Recortes)
Acabado o jantar, enquanto esperava a hora do jogo, deitei-me na cama e abri um romance de Gustave Flaubert, a minha preferida Madame Bovary. Desde a primeira vez que foi lida, ela se tornou um objeto de minha devoção.
O Beijo - Toulouse-Lautrec
Eu seria um de seus jovens amantes, fugia com ela e me transportava nas ruas, casas e coxas de Bovary. “Sacana essa Bovary”. “Infeliz Bovary”. “Esperta, essa filha da puta!” Sempre gostei das heroínas sacanas.
O que faria se vivesse tudo aquilo ou como seria se Bovary estivesse viva, nesta época, que impressões ela teria de nosso “modus operanti”. Evocá-la era um exercício intelectual divertido, e assim começa minha breve aventura literária, um delírio me ocorreu.
Ela estava em pé, em frente à janela da minha sala, em carne e osso. Vestia-se como Flaubert a descreveu em um dos capítulos do livro: vestido azul enfeitado com babados, pele branca, quase pálida, grandes olhos castanhos diretos. Os lábios não eram tão carnudos como pensei, mas a boca era bem desenhada. Os cabelos pretos deveriam ser longos a julgar pelo tamanho da trança. “Linda Bovary”- pensava, enquanto ela se voltou para mim. “Estás procurando alguma coisa?” Ao ouvir isso me apavorei. Estou louco.
O vulto de Bovary também falava, era ela, e como nunca tivesse existido, portanto, não estava morta. Se ela fosse um personagem histórico, o espiritualismo me ajudaria a compreender o fenômeno, raciocinava; mas como ela foi inventada por um autor do século XVIII, apenas a loucura seria a melhor explicação. “O que queres?”- perguntou novamente, andando em minha direção, com suas saias abundantes e a cintura fina – deixei de raciocinar.
Ela repetiu a pergunta, olhou em volta e se sentou na poltrona. No fim de alguns minutos, conversávamos. Lhe contei em que ano estávamos, país, cidade, dia. Respondi a cada pergunta tentando ser engraçado. “Você quer comer alguma coisa?”
“Sim, estou com fome.”
Enquanto comíamos, ela não parava de me perguntar sobre acontecimentos. Contei-lhe em resumo sobre guerras, arte, música, coisas que pensei que lhe interessariam. Ela me olhava atenta – “continue", dizia-me, quando eu fazia alguma pausa; mas eu não podia mais, a idéia de estar louco falando com o vazio na cozinha me gelou.
“Gostaria de continuar, mas você precisa ir.”- disse-lhe gravemente.
“Não… me fale sobre o amor, sobre Deus, sobre liberdade…”
“Bem – engatei um discurso – o único direito que temos é a morte, e em alguns países a e matar. A liberdade é um bêbado equilibrando-se numa corda bamba. Ser jovem é a única religião; a beleza, a única virtude; o amor é uma doença curada com antidepressivos. Não podemos caminhar nas ruas à noite, durante o dia, com medo; estamos enjaulados nos anestesiando”.
(Pausa).
“No mais, minha querida, todos nós fazemos nossos jogos, às vezes somos peões, rainhas, reis, dependendo das posições… e você, ainda seria considerada louca. Temos a loucura toda classificada em termos e analogias mitológicas, que nos dizem o que está certo, o que está errado conosco, quem está triste, angustiado. E disso você não escaparia com certeza. Você e toda a maioria não batem bem, estão malucos, ou melhor, insanos, por causa de neuroses, medos e porque sonham demais ou de menos”.
(Ataque).
“E você continuaria sendo considerada uma puta, messalina, vadia, sinto-lhe dizer”.
“Desgraçado!”- ela disse, atirando-se em mim.
(Desistência).
Eu a beijei.
Débora do Prado Lisboa, pedagoga, mestre em educação tecnológica, ex funcionária pública, faz parte de um grupo de graffiti Escrita Infame e vai publicar em novembro de 2011 seu primeiro livro, Quatro Estações, com textos que mesclam poemas e contos formando um enredo.
Shanghai Expo 2010: ilusionismo coletivo
Xangai é a maior cidade da China, com mais de 20 milhões de habitantes e o maior centro comercial e financeiro da China Continental. Você notou os números acima? Setenta e três milhões de visitantes... só podia mesmo ser na China!
Veja um trecho do show de encerramento da Shangai Expo 2010 clicando ► AQUI ◄ e depois saiba como os truques foram feitos lendo os comentários postados abaixo do vídeo, no YouTube. Sempre aparece um Mr M nessas horas... ☺ (colaboração de Joel S.J.)
Veja um trecho do show de encerramento da Shangai Expo 2010 clicando ► AQUI ◄ e depois saiba como os truques foram feitos lendo os comentários postados abaixo do vídeo, no YouTube. Sempre aparece um Mr M nessas horas... ☺ (colaboração de Joel S.J.)
Tosse Corporativa ("Síndrome de Erthal")
A tosse é um reflexo natural do aparelho respiratório que surge como conseqüência de um processo irritativo. Tossir é sintoma presente em muitas doenças: do resfriado comum ao câncer de pulmão.
Embora poucos saibam, o estresse no ambiente de trabalho é causa frequente de alguns tipos de tosse, principalmente em adultos com idade superior a 50 anos.
Não há comprovação científica de que o tamanho do nariz possa interferir no desdobramento das fases desta doença. Contudo, existem suspeitas catalogadas de que quanto mais a pessoa tosse menor fica o tamanho das suas unhas.
Sintomas
No princípio a pessoa ingressa na fase de tosse comedida, típica do início do período de estresse. Depois, a pessoa tem acessos de tosse de forma contumaz, sempre ligados aos momentos de aumento da carga de trabalho, daí o qualificativo "corporativo" da tosse. A partir deste momento, o portador entra em um processo crônico que só termina quando interrompido bruscamente, no caso de entrada em período de férias, por exemplo.
Análise da Doença
O maior perigo é para os colegas de trabalho que podem ter a audição prejudicada pelo barulho da tosse de quem sofre desta doença.
Alfacaroteno
Reportagem de Dominique Lima, no Correio Braziliense, em dez.10. - Depois de acompanhar mais de 15 mil pacientes por 18 anos, pesquisadores concluem que a ingestão do pigmento alfacaroteno reduz as chances de a pessoa desenvolver doenças do coração, AVC e câncer. O alimento com maior concentração da substância é a cenoura.
Que tal adicionar mais cor laranja ao cardápio? Vale abóbora, moranga, mas o principal item deve ser a cenoura. A iniciativa pode prevenir diversas doenças crônicas, como problemas cardíacos e o câncer. É o que comprova a pesquisa feita pela Associação Médica Americana, nos Estados Unidos, publicada no mês passado. O estudo aponta a capacidade da substância alfacaroteno — um poderoso antioxidante presente nesses alimentos — de evitar complicações que podem levar à morte.
Os pesquisadores relacionaram a quantidade de alfacaroteno no sangue com o risco de morte em 15.318 pessoas acompanhadas por 18 anos, de 1988 a 2006. A conclusão é que uma alta concentração da substância pode diminuir em até 39% as chances de morte prematura causada por doenças coronárias, acidente vascular cerebral (AVC) ou câncer.
A receita para aumentar o nível de alfacaroteno no sangue é simples: ingerir frutas e verduras, principalmente as de cor laranja. A variedade e quantidade consumidas também são importantes. Para um adulto, são necessárias, em média, entre três e quatro porções de fruta e duas a três porções de vegetais. Nesse caso, a preparação do alimento é outro fator que faz diferença. Cozidos, os vegetais apresentam maior quantidade do antioxidante. “Com o aumento da temperatura, há uma mudança na molécula do alfacaroteno, que faz o organismo absorvê-lo em maior quantidade”, explica a nutricionista Fernanda Damas.
Alfa versus beta
Apesar dos benefícios constatados, o alfa-caroteno ainda não ficou tão conhecido como outro pigmento do mesmo grupo, o betacaroteno, responsável pela coloração amarela de muitos alimentos. Com propriedades parecidas, o beta foi mais estudado ao longos dos anos porque é mais comum que o antioxidante similar. Assim, as vantagens do beta na prevenção de doenças são conhecidas há mais tempo.
No entanto, pesquisas sobre os suplementos de betacaroteno mostram que os benefícios do uso dessa substância sozinha não são os mesmos de quando ela é associada a outros carotenoides. “Por isso é mais vantajoso ingerir os alimentos que contêm diversos antioxidantes associados, potencializando os efeitos positivos”, diz a nutricionista Fernanda.
Pesquisas anteriores que focaram o alfacaroteno não haviam sido conclusivas. Um estudo japonês de 2005 traçou a relação entre as concentrações da substância e a menor incidência de câncer numa comunidade rural do país. Dois estudos norte-americanos de 2006, porém, não chegaram à mesma conclusão e questionaram a eficiência da substância. As diferenças no resultado, segundo o líder da pesquisa publicada mês passado, Chaoyang Li, da Associação Médica Americana, se devem à metodologia empregada, que inclui o número de pesquisados e a duração do estudo, entre outras variáveis.
Segundo o pesquisador, seu estudo é abrangente o bastante — teve 18 anos de duração e amostragem de mais de 15 mil pessoas — para ter credibilidade. De acordo com esses resultados, o alfacaroteno é tão importante quanto outros carotenoides. “Estudos laboratoriais sugerem que o alfa-caroteno é 10 vezes mais efetivo na prevenção de certas formas de câncer no cérebro, fígado e pele que o beta”, revela Li, em entrevista por email para o Correio.
Dieta
O que o público em geral pode fazer com tal informação? Para o professor Li, inserir alimentos ricos no pigmento em sua dieta. “Como os suplementos alimentares que contêm antioxidantes não apresentam quase nenhuma quantidade de alfacaroteno, presumimos que a fonte da substância continua a ser a ingestão de frutas e verduras”, diz. Estudos mostraram que mais de 75% da quantidade de alfa-caroteno ingerida é obtida da cenoura. Somam-se à hortaliça outros vegetais e frutas, como moranga, pimenta e laranja. Boa quantidade da substância também é achada em alimentos verde-escuros, como brócolis, ervilhas e rúcula (veja abaixo).
Sobre a dúvida de como ter certeza de que essa pesquisa é mais confiável que aquelas que diziam ser o betacaroteno a melhor maneira de prevenir doenças graves, o pesquisador reconhece que as pesquisas não são definitivas. “Os resultados não especificam a relação entre alfa-caroteno e outros antioxidantes e se o consumo dessa substância separada das outras não teria o mesmo resultado incipiente do consumo de betacaroteno”, afirma. Mas ele ressalta que foi definitivamente comprovada a redução de risco de doenças graves com o consumo de alimentos ricos em alfa-caroteno. Assim, a maneira certa de aproveitar a descoberta é inserir cenoura no cardápio. E moranga, e laranja, e brócolis, e espinafre.
Cor
O alfacaroteno é um pigmento natural presente em frutas e verduras, em especial as de cor laranja, do grupo dos carotenoides. Formado por hidrogênio e carbono, tem propriedades antioxidantes, ou seja, bloqueia os efeitos negativos dos radicais livres nas células do corpo.
Pele
Por conta das propriedades antioxidantes, que combatem os radicais livres, o consumo de substâncias carotenoides tem importância especial para a saúde da pele. A ingestão de alimentos ricos em alfa e betacaroteno evita o aparecimento de manchas e rugas. Tais propriedades fazem ainda mais diferença durante o verão. Isso porque elas combatem os efeitos negativos da radiação solar. “O caroteno também auxilia na pigmentação da pele, melhorando o bronzeado”, conta a nutricionista Fernanda Damas.
Ranking
Concentração de alfacaroteno nos alimentos (ug/100g)
» Cenoura cozida, enlatada ou congelada – 3.700
» Cenoura crua – 3.600
» Moranga – 3.800
» Pimenta-vermelha – 60
» Laranja – 20
» Ervilha – 16
Clique sobre a imagem acima para ampliá-la (colaboração de Catarina S.P.)
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Hundertwasser
Friedrich Stowasser - nascido em Viena, 15.dez.28, a bordo do Queen Elizabeth II e falecido em 19.fev.00, no oceano Pacífico, próximo da Nova Zelândia - foi um artista austríaco de muitos talentos. Mais conhecido pelo nome de Friedensreich Hundertwasser (alguma coisa como "Paz no Reino das Cem Águas") sendo que numa criação sua se autodenomina "Friedensreich Regentag Dunkelbunt Hundertwasser") é um dos netos do filósofo Joseph Maria Stowasser. Suas áreas de conhecimento foram a pintura e a arquitetura, tendo sido grande a sua influência na arquitetura orgânica moderna. Veja abaixo construções projetadas por ele (condomínios, escolas, estação de trem), tapeçarias e pôsteres e depois visite a página da Fundação Hundertwasser (link no rodapé) para ver a grande variedade das aplicações do artista (fonte: Wikipedia).
Veja mais na página da ► Fundação Hundertwasser ◄
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